quarta-feira, 7 de maio de 2014

Casa do Douro recusa perdão de 30 milhões de euros


A Casa do Douro (CD) não concorda com o perdão de 30 milhões de euros relativos a juros de mora à instituição, que foi proposto recentemente pelo Governo. Em carta enviada ao secretário de Estado da Agricultura, divulgada hoje, a direção da CD refere que o "perdão" em causa está "dependente da…
… aceitação por parte da CD do resultado da avaliação que o IVDP encomendou à UTAD no dia seguinte a ter conhecimento da avaliação do tribunal". "O eventual perdão de 30M€ não é, por isso, um bónus do Governo à Casa do Douro", lê-se na carta. O secretário de Estado da Agricultura, Diogo Albuquerque, anunciou que o Governo está preparado para perdoar 30 milhões de juros de mora relativos a uma divida total de 160 milhões de euros. A CD acrescenta ainda que o perdão "visa beneficiar os futuros compradores dos vinhos que, dessa forma, os vão poder adquirir a preço de saldo e beneficiar a organização privada que venha a receber o património remanescente da instituição". 

A carta refere ainda que a CD "não pode concordar que o Governo esbanje 30M€ numa altura em que o País atravessa uma grave crise financeira". A CD defende que "para que a resolução da situação da Casa do Douro não traga quaisquer custos para ninguém, basta que o Governo atribuía aos vinhos, pelo menos, o valor pelo qual os segurou, em Abril de 2008", na ordem dos 140 milhões de euros. A direção da CD defende ainda que o valor de 1,8M€ que o IVDP se propõe transferir para pagar salários em atraso dos trabalhadores "também não é um bónus do Governo", uma vez que se trata de "uma parte de uma divida daquele instituto à Casa do Douro".

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