06-05-2014
Na reunião informal dos Ministros da Agricultura da União Europeia (UE), o Copa-Cogeca destacou a grande diversidade e qualidade dos produtos agrícolas da UE e destacou a importância da inovação e investigação para a sua protecção e futuro desenvolvimento.
Na sua intervenção, durante o encontro, o presidente da Confederação das Cooperativas Agrícola da União Europeia (Cogeca), organização da qual a Confagri faz parte, colocou em relevância a importância dos agricultores e as organizações de produtores (OP), como as cooperativas, para garantir esta grande diversidade e qualidade dos produtos, para além de um sector agrícola sustentável, eficiente e competitivo.
Christian Pèes disse que «a nova política agrícola comum (PAC) refere as oportunidades para encorajar os agricultores a unirem-se e aderirem a organziações de produtores, como por exemplo, as cooperativas, o que lhes permite melhor comercializar os seus productos».
O responsável mostrou-se satisfeito com o facto da nova PAC ter destacado as cooperativas agrícolas para um maior papel em todos os sectores, com capacidade de gerir tanto a qualidade e a quantidade das suas produções em certos sectores, como o do gado bovino, cereais e do leite, para além de negociarem contratos colectivos.
Pèes insistiu que estes instrumentos não devem ficar apenas em papel mas colocados em pratica, sublinhando que desta forma a posição dos agricultores na cadeia alimentar será reforçada. Também destacou a importância das cooperativas agro-alimentares no momento de contribuirem para as prioridades da UE em matéria de política de desenvolvimento rural. Para isso, o investimento e a inovação são requisitos essenciais.
O presidente da Cogeca prosseguiu, e no âmbito das negociações de liberalização do comércio valorizou a necessidade de proteger as especialidades regionais, objecto da legislação sobre as indicações geográgicas frente aos produtos de imitação, de forma a manter a qualidade e a diversidade da Europa.
Por seu lado, a vice-presidente do Copa, Maira Dzelzkaleja, defendeu como esta diversidade face ao sector agrícola da UE pode ser mais resistente em tempos de crise. Na sua opinião, deve-se acelerar a investigação e a inovação, assim como a passagem de conhecimentos aos agricultores. As medidas benéficas para todos as partes, como as encaminhadas para a eficiência no uso dos recursos são cruciais, já que são positivas para o ambiente e, ao mesmo tempo, para a manutenção da capacidade de produção e a obtenção de remunerações económicas.
O Copa-Cogeca apresentou aos ministros uma declaração redigida em conjunto com um grupo de dez associações agrícolas e da indústria alimentar, na qual chama a atenção para melhores decisões políticas e mais inteligentes, capazes de impulsionar a inovação e gerar emprego, assim como garantir que a cadeia agro-alimentar da UE seja mais produtiva e eficiente na utilização dos recursos. Atrás do manifesto "Visão para o pontecial de implantação de agricultura e indústrias de alimentos da UE" estão empresas que representam cerca de 30 milhões de empregos e cinco por cento do valor acrescentado bruto da União Europeia.
Nesta visão conjunta, os signatários valorizam a importância de proporcionar um fornecimento alimentar estável e seguro, não apenas para os cidadãos da UE, mas além das suas fronteiras, de forma sustentável e com respeito pelo ambiente. O grupo mostra-se unido neste pedido a favor de um programa político comunitário mais simplificado, verdadeiramente concentrado na inovação, para apoiar uma produção segura de alimentos, de alta qualidade e acessível, assim como a correspondente preferência dos consumidores.
Junto com outras partes interessadas, o Copa-Cogeca insta as instituições da UE a colaborar para promover a inovação nos seus sectores, graças a melhores decisões políticas e fundamentadas na ciência.
Fonte: Copa-Cogeca
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