Monção e Melgaço são as únicas sub-regiões que podem utilizar o nome Alvarinho
A Assembleia da República aprovou dois projetos de resolução que recomendam ao Governo que garanta que apenas os vinhos produzidos em Monção e Melgaço podem usar o nome Alvarinho.
Uma decisão saudada pela Adega Cooperativa Regional de Monção que tem vindo a alertar para a necessidade de proteger a denominação perante vinhos que utilizam casta Alvarinho produzida noutras regiões e que não têm as mesmas características que o vinho Alvarinho da sub-região de Monção e Melgaço.
A casta Alvarinho é a mais nobre das castas portuguesas e produz um vinho monocasta de elevada qualidade. A sub-região de Monção e Melgaço foi criada em 1908, integrada na Região do Vinho Verde, mas a casta Alvarinho existe em Portugal há mais de 700 anos.
Armando Fontinhas, Presidente da Adega Cooperativa Regional de Monção afirma: "O vinho Alvarinho produzido em Monção e Melgaço é reconhecido como um dos melhores do mundo e tudo deve ser feito para proteger e preservar este património. Os projetos aprovados no Parlamento reconhecem a importância do vinho Alvarinho e a importância de limitar a sua Denominação de Origem Própria. Apenas nas regiões de Monção e Melgaço, a casta Alvarinho atinge o seu potencial máximo, dando origem a um vinho único que é hoje um dos principais ex-libris da viticultura nacional. Permitir que outros utilizem a denominação Alvarinho seria pôr em causa um trabalho de séculos para atingir a excelência e delapidar a reputação do vinho Alvarinho."
Nos projetos de resolução aprovados na assembleia da Republica é defendida a necessidade de manutenção da exclusividade de produção do Vinho Verde Alvarinho na sub-região de Monção e Melgaço e mantida inalterável a exclusividade do uso da menção "casta Alvarinho" somente para vinhos produzidos nesta sub-região.
A sub-região de Monção e Melgaço tem 60 pequenas e microempresas, espalhadas por uma área de 1500 hectares de Alvarinho. Há 2 mil famílias ligadas à produção do vinho Alvarinho que movimenta anualmente um volume de negócios, entre uva e vinho, na ordem dos 20 milhões de euros.
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