quarta-feira, 26 de junho de 2013

Empresários voltam a questionar estratégia de controlo ao Nemátodo da Madeira do Pinheiro

Associação Nacional de Empresas Florestais, Agrícolas e do Ambiente


Com as temperaturas escaldantes que se avizinham, a floresta volta a
ser o centro das atenções, mas na verdade, muitos são os problemas da
floresta nacional, para além dos malfadados incêndios.

Foi em Julho de 2008, há precisamente cinco anos, que Portugal
continental foi decretado como zona afectada pelo Nemátodo da Madeira
do Pinheiro, e hoje, longe desta problemática estar resolvida, a ANEFA
volta a alertar para as consequências da inoperância do Governo sobre
esta matéria.

Na passada semana, voltou a ser promulgado por mais seis meses, o
prazo de execução das acções de controlo da dispersão do Nemátodo,
abrangidas nos protocolos celebrados com algumas Organizações de
Produtores Florestais, mesmo após se ter admitido a falta de
capacidade deste Organismos para o fazer.

Numa altura em que são exigidos tantos esforços aos portugueses, no
âmbito da crise financeira instalada no nosso país, e onde a palavra
de ordem é redução da despesa pública, a ANEFA não compreende como se
continue a negligenciar um sector tão relevante para a economia
nacional.

Apesar do seu contributo significativo, continuamos a assistir a uma
estratégia nacional que não valoriza a floresta, colocando em risco a
sua sustentabilidade. A verdade é que assistimos, dia após dia, à
total desresponsabilização do Governo nesta matéria, onde se
"desperdiçam" dinheiros públicos sem qualquer impacto na nossa
floresta e se transferem responsabilidades às Organizações de
Produtores Florestais, enquanto impavidamente olhamos ao destruir da
floresta de pinho a nível nacional.

A própria Estratégia Nacional para as Florestas, que está actualmente
a ser discutida, destaca o agravamento do impacto da doença no
território nacional, apesar do desenvolvimento do Programa de Acção
para o Controlo do Nemátodo da Madeira do Pinheiro, constatando-se
que, por anos consecutivos, as Organizações de Produtores Florestais
não estão a implementar as devidas medidas, pondo em risco toda a
fileira do pinho, e a própria floresta.

Fica a pergunta no ar… Já que o Nemátodo veio para ficar, para quando
acabar com o negócio que se gerou em torno deste flagelo?

Lisboa, 25 de Junho de 2013

http://www.agroportal.pt/x/agronoticias/2013/06/26e.htm

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