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22 de Junho, 2013
Os pastores europeus querem ver incluídas no documento da Política
Agrícola Comum para 2014-2020 medidas compensatórias directas a quem
pratica uma actividade de pastorícia extensiva em zonas de alcateias,
pelos serviços ambientais que são prestados.
O tema foi hoje discutido no concelho de Vimioso, por técnicos e
pastores oriundos de países como Portugal, Espanha, Estónias, Roménia,
Suécia e Polónia, no âmbito do projeto transnacional "Lobo: Vida
Selvagem e Agricultores".
"Tem de haver indemnizações directas e indirectas", defendeu Filipe
Marrão, da Corane - Associação de Desenvolvimento da Terra Fria
Transmontana, segundo o qual, quando há um ataque a ovelhas, existem
uma série "de danos colaterais que se irão manter no futuro, tais como
abortos e stresse".
Outro dos pontos a incluir no documento reivindicativo passa pela
criação de Unidades Especializadas em Assistência Pecuária, para
responderem aos ataques de lobos, dotadas com pessoal especializado
para "dar um serviço de qualidade e reduzir a burocracia".
Os objectivos dos pastores é o de serem considerados como
interlocutores "indispensáveis" na tomada de decisões, havendo ainda a
sugestão de criação de Comissões Setoriais Ambientais, que contemplem
a participação de agentes sociais, económicos, territoriais e meio
ambientais.
Durante os trabalhos, foram realizadas acções de sensibilização junto
das comunidades rurais, tendo sido identificado património material
relacionado com a pastorícia, recolhidos testemunhos, preparados
livros e documentários.
O documento, a entregar à União Europeia, defende ainda a criação de
medidas preventivas, como a implementação de cercas ou a criação de
seguros específicos, bem como de etiquetas de certificação de
qualidade para produtos oriundos de zonas rurais com alcateias.
Lusa/SOL
http://sol.sapo.pt/inicio/Sociedade/Interior.aspx?content_id=78411
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