Startup do Porto com aplicação tecnológica para a agricultura venceu
prémio de 40 mil dólares e vai para o Chile
Tiago Sá, CEO da WiseNetworks
D.R.
27/09/2013 | 14:17 | Dinheiro Vivo
Seis estudantes da Faculdade Engenharia do Porto ciraram um projeto
para desenvolver uma aplicação de domótica para uso residencial, mas
não estava a resultar. Depois, o fracasso transformou-se em sucesso:
reciclaram o projeto numa tecnologia para a agricultura e foram
distinguidos com um prémio de 40 mil dólares pelo governo do Chile.
Em breve dois dos seis fundadores da WiseNetworks seguirão para o
Chile durante sete meses para testar a tecnologia e iniciar a
internacionalização da startup criada há um ano e meio.
O projeto inicial nada tinha a ver com o desenvolvimeto de uma
tecnologia para a agricultura, mas foi a mudança de rumo que lhes
valeu a distinção. "A primeira aplicação que estávamos a desenvolver
estava direcionada para a domótica na área residencial, mas quando a
apresentávamos diziam-nos que talvez fosse melhor ideia aplicá-la à
agricultura. Acabámos por mudar e trazer a domótica para a
agricultura", conta o CEO da Startup, Tiago Sá.
Quando Tiago Sá e mais cinco colegas da Faculdade de Engenharia da
Universidade do Porto decidiram enviar uma candidatura ao programa do
governo chileno StarupChile, as expetativas de vencer eram poucas e
foram apanhados de surpresa pelo resultado.
"Fomos informados pelo Parque de Ciência e Tecnologia da Universidade
do Porto sobre este concurso e decidimos fazer uma candidatura sem
grandes esperanças. Estávamos a concorrer com perto de 1400 empresas
de 28 países e perante estes números a nossa expetativa não era muito
grande", refere Tiago Sá.
Acabaram por fazer parte da lista de 85 empresas mundiais selecionadas
e são a única empresa portuguesa a participar nesta iniciativa do
governo chileno que financia o desenvolvimento de empresas
tecnológicas.
O prémio de 40 mil dólares é para esta empresa, que está incubada no
Parque de Ciência e Tecnologia da Universidade do Porto, a
oportunidade de testar o seu produto e iniciar a internacionalização.
"Dois elementos da empresa irão agora para o Chile e os restantes
ficam cá a trabalhar no desenvolvimento de novas aplicações", explica
Tiago Sá. Os 40 mil dólares são pagos mediante o trabalho que forem
desenvolvendo no Chile, mas para o CEO o mais importante será "o
desenvolvimento e o conhecimento dos mercados chileno e da América do
Sul".
O que a WiseNetworks criou neste ano e meio foi um protótipo que faz a
monitorização de plantações de agricultura e vitivinicultura. "A nossa
tecnologia faz a medição de informações importantes sobre o solo e o
crescimento das plantações. Analisa, por exemplo, as transformações
atmosféricas e o crescimento da planta através de vários pontos de
medição, permitindo evitar surtos de calor ou doenças que condicionem
a colheita, ou escolher a melhor forma de gerir o cultivo, ou o
tratamento das plantações", resume Tiago Sá.
Interessados em tentar a sorte no programa do governo chileno para
startups, ainda poderão candidatar-se, nesta fase, até ao próximo dia
1 de Outubro. Todas as informações podem ser consultadas aqui.
http://www.dinheirovivo.pt/Faz/Artigo/CIECO279826.html?page=0
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