ANA ISABEL MENDES e COM LUSA 30/01/2014 - 18:47
Combater a má nutrição, reforçar a componente educativa de programas alimentares e contribuir para luta contra a obesidade são três dos principais objectivos da proposta publicada esta quinta-feira, em Bruxelas, pela Comissão Europeia.
A Comissão Europeia quer juntar e reforçar os dois programas de distribuição de fruta e de de leite dirigidos ás escolas escolas. O novo programa deverá contar com uma verba de 230 milhões de euros por ano lectivo: 150 milhões de euros são destinados à fruta e às verduras e 80 milhões são para o leite.
"Com as alterações hoje propostas queremos melhorar os atuais programas, a fim de inverter a tendência para a diminuição do consumo e aumentar a sensibilização das crianças para os benefícios potenciais de tais produtos”, afirmou esta quinta-feira Dacian Ciolos, comissário europeu responsável pela Agricultura e o Desenvolvimento Rural. É imperativo o “estreitamento das relações entre a agricultura e as crianças, os pais e os professores, com especial incidência nas zonas urbanas”, defendeu, ainda, o Comissário.
Com o lema “Comer bem — para estar bem”, o programa vai permitir reduzir os encargos nacionais com a gestão e a organização, tornando o sistema mais eficaz, com a junção de um quadro jurídico e financeiro comuns. Os Estados-Membros que vão participar no programa vão ter a possibilidade de escolher os produtos que querem distribuir. Quando aprovado, o novo programa prevê uma verba de 230 milhões de euros por ano lectivo: 150 milhões de euros são destinados à fruta e às verduras e 80 milhões são para o leite. No orçamento de 2014 está estipulado que o valor é de 197 milhões de euros, em que 122 milhões de euros estão destinados às frutas e às verduras e 75 milhões de euros estão destinados ao leite.
A proposta que vai ser apresentada ao Parlamento Europeu e ao Conselho tem por base as conclusões dos relatórios de avaliação e da consulta pública realizadas em 2013, no âmbito do processo de avaliação de impacto.
Sensibilizar para hábitos de alimentação saudáveis, advertir para uma gama alargada de produtos agrícolas disponíveis e sublinhar aspectos relativos à sustentabilidade, constituem alguns dos objectivos a alcançar com esta proposta. Programas como este estão a assumir uma importância cada vez maior, numa altura em que as crianças consomem menos leite e estão a ingerir cada vez mais alimentos geneticamente alterados. A Organização Mundial de Saúde (OMS) traduziu esta realidade em números. Em 2010 estimou que cerca de 1 em cada 3 crianças entre os 6 e os 9 anos sofre de excesso de peso ou de obesidade, um facto preocupante já que em 2008 esta estimativa era de 1 em cada 4 crianças.
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