30 de Janeiro, 2014
O funcionário de uma empresa de comida congelada japonesa detido a 25 de Janeiro admitiu ter envenenado com pesticidas vários lotes de produtos, que se estima terem causado cerca de 2.800 casos de intoxicação alimentar em todo o país.
Segundo explicou um porta-voz da polícia nipónica à agência Kyodo, Toshiki Abe admitiu ter aplicado um fosfato orgânico, usado como pesticida para piolhos, em lotes de quatro tipos de produtos na fábrica da empresa Aqlifoods, onde trabalhava em Oizumi, no município de Gunma (centro).
Abe, de 49 anos, disse ter usado o pesticida que guardava em casa para intoxicar a comida porque estava "descontente" com a sua situação na empresa, especialmente no plano salarial, mas que nunca pensou que a sua acção fosse causar semelhantes consequências.
As autoridades acreditam que, no início de Outubro passado, Toshiki Abe envenenou em quatro ocasiões comida na fábrica que a empresa Aqlifoods tem em Oizumi, na província de Gunma, segundo o diário Mainichi.
Abe, que trabalhava na fábrica desde 2005, estava desaparecido desde 14 de Janeiro e foi detido no dia 25 de Janeiro na província vizinha de Saitama, quando estava no interior de um carro estacionado num parque.
De acordo com o Ministério da Saúde, do Trabalho e Bem-estar japonês, mais de 2.800 pessoas terão sofrido intoxicações alimentares ao consumir produtos contaminados da Aqlifoods.
A empresa começou a investigar depois de vários consumidores terem alertado em Dezembro para odores fora do normal em alguns produtos, em Dezembro.
Na sequência deste caso, a empresa teve de retirar 6,4 milhões de produtos do mercado.
O presidente da Maruha Nichiro, a empresa-mãe da Aqlifoods, apresentou a demissão na sequência deste caso, a par do presidente da Aqlifoods, Yutaka Tanabe.
Lusa/SOL
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