por Isabel Martins8 de Janeiro - 2014
A Associação Nacional de Produtores de Cereais (ANPOC) encomendou um
estudo para identificar as oportunidades de criação de valor da
atividade dos seus produtores.Trigos melhoradores e btp são alguns dos
cereais onde vale a pena investir, mas há muito mais potencial para
criar valor.
3.550 milhões de euros é o valor gerado pelas fileiras onde são
incorporadas as matérias primas fornecidas pelos produtores de cereais
(inclui proteaginosas, trigo duro, girassol, cevada, trigo mole e
cereais forrageiros). Estas fileiras, responsáveis pela produção de
pão, farinha, baby food, massas, cerveja, óleo alimentar, legumes
enlatados e rações correspondem a cerca de 31% do total da indústria
agroalimentar.
90% do volume de negócios da produção final destas fileiras é
realizado no mercado nacional, mas a matéria-prima incorporada é
maioritariamente importada. O peso dos cereais nacionais é de apenas
12% na procura destas seis fileiras. Apesar disso, a produção nacional
de cereais tem vindo a decrescer cerca de 16% ao ano, em média, um
decréscimo homogéneo em todas as culturas analisadas.
A 'radiografia' consta do 'Estudo de Oportunidades de Valorização da
Produção' encomendada pela ANPOC às empresas de consultoria Consulai e
Return on Ideas.
A análise conclui que o potencial de valorização das matérias-primas
para uso humano é o mais elevado, existindo procura por satisfazer e
espaço para acrescentar valor à atual produção. A bioenergia fica
assim excluída como prioridade. Quanto à fileira da alimentação
animal, deve ser considerada recurso potencial para produtores que
também se dediquem à pecuária (pode ser mais barato produzir os
cereais forrageiros do que comprar no mercado) e explorações cujas
condições edafoclimáticas não permitam produção de qualidade para
consumo humano.
Veja os resultados deste estudo na edição de dezembro/janeiro da VIDA
RURAL, já nas bancas!
http://www.vidarural.pt/news.aspx?menuid=8&eid=7825&bl=1
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