Angola está a produzir menos de metade das suas necessidades em cereais, um défice de cerca de 70 por cento, disse o director-geral do Instituto Nacional de Cereais (INCER), Benjamin Castelo.
Os dados foram avançados durante o primeiro conselho científico do INCER, noticiado hoje pelo Jornal de Angola.
Segundo Benjamin Castelo, em Fevereiro deste ano estimava-se que o défice de cereais no país era de três milhões de toneladas, quando a produção actualmente é de 1,5 milhões de toneladas.
Acrescentou que a grande maioria da produção é para consumo alimentar, restando uma quantidade reduzida para outros efeitos.
O director-geral do INCER sublinhou que a importação não atenua esse défice, por conta dos constrangimentos inerentes ao processo e à distribuição dos cereais para os vários pontos do país.
O incremento da produção nacional, o incentivo aos produtores e recursos humanos "com bons salários" são as estratégias para uma alteração do quadro actual, apontou Benjamin Castelo.
As perspectivas governamentais apontam para uma meta de produção de três milhões de toneladas de cereais até 2017, para satisfazer as necessidades básicas da população.
A produção de massango (grão de cor escura que se transforma em farinha) e massambala (sorgo) constituem a principal preocupação do INCER, também a analisar o cultivo do trigo, tendo em conta as condições climatéricas.
Fonte: Lusa
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