A vinha irá ter uma área de cerca de 30 mil metros quadrados, na freguesia dos Olivais, cabendo à Câmara a responsabilidade de desocupar os terrenos
A Câmara de Lisboa vai assinar um protocolo com uma empresa vinícola para a plantação de uma vinha na freguesia dos Olivais, segundo uma proposta que vai ser debatida na reunião camarária de quarta-feira.
Na proposta, a que a Lusa teve acesso, lê-se que a estrutura verde da cidade "tem procurado assentar na diversificação de usos e na conciliação de diversas tipologias do espaço rural", no âmbito de uma política de "aumento da biodiversidade e na estruturação ecológica dos espaços verdes".
No documento é ainda referido que a construção de uma vinha garante "uma maior sustentabilidade ambiental dos espaços na cidade de Lisboa, aliada a um menor custo de construção e, sobretudo, de manutenção, em comparação com espaços verdes convencionais".
Afirmando que o Ministério da Agricultura criou a indicação geográfica 'Lisboa', que substituiu a designação Vinho Regional Estremadura e que agrega todos os vinhos produzidos e certificados na região, a proposta lembra que Lisboa é uma região com uma forte tradição vinícola.
"A alteração da indicação geográfica de Estremadura para Lisboa justificou-se no contexto de reorganização institucional do sector vitivinícola e surge após estudos que concluíram que a utilização de 'Lisboa', enquanto cidade da região de produção, seria a indicação geográfica com maior valia, nomeadamente para os mercados externos, pelo facto de possuir mais notoriedade, mais fácil leitura e melhor referência quanto à sua localização", lê-se no documento.
A vinha irá ter uma área de cerca de 30 mil metros quadrados, na freguesia dos Olivais, cabendo à Câmara a responsabilidade de desocupar os terrenos.
À empresa vinícola cabem todas as obras necessárias para a plantação da vinha, construção de uma casa de apoio e de uma cerca e ainda disponibilizar todos os anos, sem custos, 600 garrafas de vinho ao município e 100 garrafas à Junta de Freguesia dos Olivais.
"O somatório das despesas com a plantação de vinha até à sua entrada em produção, e com todas as licenças e execução de infraestruturas referidas neste protocolo, não deve ultrapassar o valor máximo de 100 mil euros", indica a proposta.
*Este artigo foi escrito ao abrigo do novo acordo ortográfico aplicado pela agência Lusa
1 comentário:
com tanta poluição na cidade, o vinho deve apresentar um final persistente a gasóleo
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