“A Corticeira Amorim é uma empresa que está claramente noutro ciclo, mais forte”

Entrevista
Hermínia Saraiva
22/02/11 00:05
Corticeira Amorim, presidida por António Rios Amorim, diz que
ultrapassou pela primeira vez a barreira dos três milhões de rolhas de
cortiça vendidas.
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Depois de ter fechado 2010 com lucros de 20,5 milhões de euros,
quadruplicando o resultado conseguido no ano anterior, António Rios de
Amorim, presidente da Corticeira Amorim, justifica este resultado com
a expansão do mercado das rolhas, uma forte contenção de custos e a
adequação da estrutura interna às necessidades do mercado.

Rios de Amorim diz que "a Corticeira Amorim é uma empresa que está
claramente noutro ciclo, mais forte e preparada para responder de
forma positiva às incertezas que ainda permanecem, quer a nível
nacional quer a nível internacional". Em 2011, o mesmo responsável
espera "manter um balanço sólido e reforçar os rácios de autonomia
financeira, que se situa agora perto dos 50%".
O que justifica um aumento dos lucros da Corticeira Amorim em 302%?
Os indicadores agora apresentados são resultado do trabalho que a
empresa fez em nos últimos anos. Na base uma enorme contenção de
custos, rigorosos processos de eficiência operacional, uma evolução de
vendas positiva (que se justifica pela recuperação de alguns
mercados-chave) e uma equipa de colaboradores empenhada em dar
resposta aos desafios lançados pela empresa no início da crise.
A crise que o sector atravessou em 2008/2009 está finalmente ultrapassada?
A Corticeira Amorim, quando confrontada com a grave crise
económico-financeira no último trimestre de 2008, reagiu de forma
célere e, a par de várias medidas adoptadas, teve necessidade de
ajustar a sua estrutura interna, adequando-a às necessidades do
mercado. Actualmente, a Corticeira Amorim é uma empresa que está
claramente noutro ciclo, mais forte e preparada para responder de
forma positiva às incertezas que ainda permanecem, quer a nível
nacional quer a nível internacional. A actual estrutura de
colaboradores da empresa e a agressividade/motivação que assumem no
mercado, em grande parte responsável pelos resultados agora
apresentados, permite-nos encarar o futuro com optimismo, ainda que
moderado.
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