Por Francisca Paiva - up090719036@letras.up.pt
Publicado: 25.05.2012 | 11:12 (GMT)
Marcadores: Bioengenharia , Concurso , FEUP , Inovação , Tecnologia
Um grupo de finalistas da FEUP venceu uma competição Start UP e segue
rumo à Macedónia para representar o país, com a apresentação do
projeto N2Fix, que permite que as plantas cresçam rapidamente sem
fertilizantes.
O projeto N2Fix, da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto
(FEUP), venceu o Start Up Programme, uma competição nacional de
mini-empresas que aconteceu na Fundação Engenheiro António de Almeida,
na passada semana. O projeto dos estudantes de Bioengenharia da FEUP
consiste numa tecnologia que aumenta a produtividade das plantas,
reduz o tempo de maturação e faz com que a utilização de fertilizantes
de azoto não seja necessária.
No entanto, a tecnologia ainda não é conhecida porque não pode ser
revelada. Como explica André Merieles, um dos responsáveis pelo
projeto, as "informações ainda são confidenciais".
Apesar de André Meireles não poder explicar a tecnologia em si, fala
sobre o nome dado ao projeto. "É um trocadilho", diz André: "o N2 é a
fórmula química do azoto e o '2Fix' (para fixar) refere-se à fixação
do azoto". Ou seja, o propósito da tecnologia inventada é substituir a
substância azoto.
O conceito, inovador, aplicado a plantas como o algodão (de elevado
interesse económico e têxtil), permite o crescimento de plantas em
solos mais pobres porque, uma vez que é excluída a necessidade de
fertilizantes, apostam-se mais nesses solos. Além disso, sai mais
barato aos agricultores que deixam de necessitar de fertilizante, seja
nesses ou noutros tipos de solos.
O mercado português servirá de teste à tecnologia que se pretende
exportar para vários países do mundo, mas em particular para países
europeus que recorrem muito às plantas para produção de têxteis e de
biocombustíveis.
A nível da ecologia, o estudante da FEUP afirma que a vantagem é, de
facto, "nao usar fertilizantes". Quanto à tecnologia, André considera
que "é uma coisa natural e, por isso mesmo, não reproduz nenhum
impacto negativo".
A caminho da Macedónia
André Meireles, juntamente com José Nuno Leitão, Paulina Carvalho,
Mariana Osswald, Maria João Gomes e Sofia Santos - todos alunos de
Bioengenharia na FEUP - vai participar na competição europeia que
decorrerá de 3 a 6 de julho, na Macedónia, no contexto do Junior
Achievement, revela. Após ter alcançado o primeiro lugar na competição
nacional, composta por 12 "mini-empresas" finalistas, André garante
que, na fase europeia, a equipa vai "tentar dar o melhor e honrar o
país e a Universidade do Porto".
André Meireles avança com o que vai acontecer na Macedónia. "A
apresentação será de 4 minutos. Já a entrevista com o júri será de 15
minutos. Para além disso temos um stand promocional da nossa ideia."
O estudante de Bioengenharia mostra-se satisfeito com a vitória,
embora assuma que o projeto roubou muito do seu tempo. "Somos todos
finalistas e estamos a fazer a dissertação agora, pelo que é muito
difícil conciliar as reuniões do 'N2Fix', o trabalho de laboratório e
o mestrado", confessa, apesar de a ideia ter surgido de uma unidade
curricular do mestrado, Empreendedorismo, Economia e Inovação. No
entanto, André garante "que compensa".
http://jpn.icicom.up.pt/2012/05/25/feup_alunos_de_bioengenharia_criam_tecnologia_que_aumenta_produtividade_das_plantas.html
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