sexta-feira, 27 de setembro de 2013

95% certo que o Homem causou o aquecimento global

RELATÓRIO


por H.T. com AFPHoje46 comentários

Fotografia © Reuters

A responsabilidade do Homem no aquecimento global é mais certa do que
nunca e a temperatura média da Terra deverá subir entre 0,3 e 4,8
graus até 2100, segundo o novo relatório dos peritos em ambiente do
IPCC divulgado esta manhã em Estocolmo.

Os peritos do Painel Intergovernamental sobre as Alteraçõese
Climáticas (IPCC, na sigla em inglês) revê ainda para cima a subida do
nível do mar, que deverá ser de 26 a 82 centímetros até 2100, segundo
o novo ponto de situação dos cientistas sobre as alterações
climáticas.

Para o IPCC é agora "extremamente provável" que a influência humana
seja a principal causa do aquecimento global registado desde o século
XX, o que equivale a 95% de certeza na terminologia exata do
relatório. No relatório de 2007, essa certeza era de 90%.

Quanto à dimensão do aquecimento global até ao fim do século, o Giec
reteve quatro cenários possíveis, sem se pronunciar sobre as
probabilidades de cada um deles.

O Giec considera assim provável que a Terra venha a aquecer 0,3 graus
até 2100 em relação à temperatura média entre 1986 e 2005, no cenário
mais otimista. Se o cenário for o mais pessimista, o aquecimento
poderá chegar aos 4,8 graus até ao fim do século.Os números variam
tanto devido em primeiro lugar às quantidades de gás com efeito de
estufa que será lançado para a atmosfera nas próximas décadas. Desde a
era pré-industrial, a Terra já aqueceu 0,8 graus.

"Limitar as altyerações climáticas vai exigir a redução substancial e
duradoura das emissões de gases com efeito de estufa", afirmou em
comunicado Thomas Stocker, vice-presidente do grupo IPCC.

Os peritos do IPCC esperam também que o aquecimento global venha a
causam acontecimento meteorológicos extremos mais intensos, apesar de
alguns aspetos continuarem pouco claros.

"As vagas de calor deverão ser mais frequentes e durar mais tempo. Com
o aquecimento da Terra, esperamos ver as regiões atualmente húmidas
receber mais precipitação e as regiões secas receber menos chuva. Mas
vai haver exceções", segundo Stocker.

Quanto à subida do nível do mar, uma das maiores consequências do
aquecimento global, o IPCC revê em alta as suas projeções: os
cientistas estimam agora que pode subir 26 a 82 centímetros até 2100
quando no anterior relatório falaram em 18 a 59 centímetros.

O IPCC, criado há 25 anos com apoio da ONU, tem como missão fazer o
ponto da situação do aquecimento global para esclarecer os
responsáveis políticos e económicos, mas não fornece soluções.

http://www.dn.pt/inicio/ciencia/interior.aspx?content_id=3444278

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