GNR DE VIANA ADMITE ARQUIVAR PROCESSO
por Texto da Lusa, publicado por Lina SantosOntem55 comentários
O comando da GNR de Viana do Castelo admitiu hoje arquivar o processo
de contraordenação envolvendo uma viatura dos bombeiros voluntários
locais, por alegado estacionamento irregular durante um incêndio, em
função da informação que for apresenta pela corporação.
Em causa está uma infração ao código da estrada por uma viatura de
transporte de pessoal da corporação de voluntários, ao estar
estacionada um local "onde o trânsito se faz nos dois sentidos,
obrigando à utilização de parte da faixa de rodagem destinada ao
trânsito em sentido contrário", lê-se no processo enviado aos
bombeiros de Viana do Castelo.
Nesse documento, de 16 de setembro, a GNR solicita à Associação
Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Viana do Castelo a
identificação do condutor da viatura - que está devidamente
caracterizada -, conforme previsto no código de estrada.
Numa informação enviada hoje à Lusa, o comando da GNR de Viana do
Castelo admite que a informação a apresentar pela corporação no âmbito
deste processo - sobre a viatura estar integrada no dispositivo que
combatia o incêndio - "merecerá a séria atenção" e pode levar aquela
força a não instaurar, formalmente, o auto de notícia, a última fase
deste processo de contraordenação.
"Nesta altura não há um auto levantado, apenas um pedido de
identificação do condutor", sublinhou aquele comando.
A alegada infração dos bombeiros, lê-se no processo enviado à direção
da corporação, foi registada pelos militares da GNR pelas 00:02 de 14
de setembro, na Estrada Municipal 526, em Nogueira, Viana do Castelo.
No local, os militares apenas anotaram a matrícula, não tendo
identificado nenhum bombeiro.
Esta viatura integrava o dispositivo que, no terreno, naquela
freguesia, combatia o maior incêndio do ano no concelho - que chegou a
ameaçar dezenas de habitações e que afetou mais quatro freguesias do
concelho -, requisitada pela Autoridade Nacional de Proteção Civil
(ANPC) para fazer a rendição de homens no teatro de operações.
Conforme se lê na requisição da ANPC, à qual a Lusa teve acesso, a
viatura foi mobilizada para fazer a rendição de três bombeiros, que
estavam no teatro de operações há várias horas, tendo saído pelas
23:26. Chegou ao local de recolha pelas 23:53 e o regresso ao quartel
deu-se pelas 00:23, segundo o mesmo registo.
Contudo, explicou a direção da corporação, logo após a recolha, os
bombeiros optaram por parar junto a um café em Nogueira, próximo do
incêndio.
"Foi uma paragem para descanso, para tomar um café, mal saíram do
incêndio. Dois destes elementos voltavam ao combate logo de manhã e
outro poucas horas depois", explicou Luciano Moure, presidente daquela
associação humanitária.
Garantiu também, após contactar os bombeiros em causa, que a paragem
da viatura "permitia o cruzamento de viaturas" naquela via.
A direção afirma que os bombeiros precisaram apenas de "fazer uma
pausa para descanso" no local, "não sem antes garantirem todas as
condições de segurança e circulação".
http://www.dn.pt/inicio/portugal/interior.aspx?content_id=3434472&page=-1
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