sábado, 4 de janeiro de 2014

Disponíveis 2,6 milhões para ajudar afectados do incêndio em Bragança

Apoio

O director regional de Agricultura e Pescas do Norte anunciou hoje que
foram apresentadas 18 candidaturas aos 2,6 milhões de euros do PRODER
para intervenções de emergência determinadas pelo grande incêndio de
Julho no sul do distrito de Bragança.
ECONOMIA
Lusa
17:43 - 03 de Janeiro de 2014 | Por Lusa
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"As candidaturas vão ser analisadas ao longo de todo o mês de janeiro,
estando disponíveis cerca de 2,6 milhões de euros destinados a ações
de estabilização de emergência pós incêndio, vocacionadas entre outros
para os impactos erosivos sobre os solos", disse hoje à Lusa Manuel
Cardoso.

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As candidaturas foram apresentadas por seis juntas de freguesias dos
concelhos de Mogadouro, Torre de Moncorvo, Freixo de Espada à Cinta e
pelo município de Alfândega da Fé, às quais se juntam particulares.

Nesta primeira fase, o montante disponível poderá ser aplicado na
desobstrução e correção das linhas de água, proteção e diminuição dos
impactos erosivos sobre os solos, tratamento e proteção das encostas e
taludes.

"Estas candidaturas, apesar de estarem a ser agora analisadas, podem
cobrir despesas feitas pelos proprietários logo a seguir ao incêndio,
o que significa que foi dada uma resposta atempada por parte do
Estado", acrescentou o responsável.

O incêndio destruiu dezenas de hectares de culturas, como é o caso de
olivais e amendoais. Porém, nesta matéria ainda não há uma linha de
apoio efetiva para repor estas culturas perdidas.

"De momento, não estamos a fazer a recuperação do potencial produtivo
relacionado com culturas. Estamos apenas a fazer a estabilização de
emergência. A questão das culturas ainda vai ser vista em projetos
futuros", frisou.

O incêndio de julho consumiu uma área estimada em 14.912 hectares de
terreno, dos quais 11.980 em espaços florestais e agrícolas, afetando
localidades dos concelhos de Alfândega da Fé, Mogadouro, Freixo de
Espada à Cinta e Torre de Moncorvo. O concelho de Mogadouro "foi o
mais afetado pelas chamas", tendo ardido 6.850 hectares de florestas e
diversas culturas agrícolas.

Passados quase sete meses, os proprietários agrícolas fazem contas à
vida, garantindo que há zonas que nem daqui a 15 anos voltam a dar
flor ou fruto, dada a violência com que as chamas afetaram as
culturas, a que se junta agora a erosão dos terrenos.

O fogo começou na noite de 09 de julho junto aos Picões e Ferradosa,
no concelho de Alfândega da Fé, e alastrou-se de imediato aos
concelhos de Mogadouro, Freixo de Espada à Cinta e Torre de Moncorvo.

O maior incêndio registado em 2013 em território nacional chegou a ter
seis frentes ativas e a ser combatido por mais de 900 elementos de
todo o país e só foi dado como extinto na manhã de 12 de julho.

http://www.noticiasaominuto.com/economia/153379/disponiveis-2-6-milhoes-para-ajudar-afectados-do-incendio-em-braganca#.Usd7vfRkTSg

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