Fonte: Observatório dos Mercados Agrícolas e Importações Agro-Alimentares
Em Portugal, a produção de carnes representa cerca de 25% da produção
agrícola total.
Os últimos anos caracterizaram-se por uma instabilidade no mercado da
carne, devido à subida significativa dos preços dos alimentos para
animais, em consequência do aumento do custo das matérias-primas, como
os cereais e a soja, associada posteriormente a uma crise económica e
financeira a nível mundial, que afecta todos os sectores e, directa e
indirectamente também o mercado da produção de carne.
Na última década, tem havido um pequeno crescimento generalizado em
quase todos os sectores da produção animal. No entanto, do ano 2008
para 2009, houve um decréscimo nos sectores da carne de bovino, suíno
e ovino e caprino, sendo o das aves e ovos o único cuja produção subiu
2% nestes dois anos.
O crescimento na produção nestes sectores não tem sido suficiente para
acompanhar o crescimento do consumo nacional de carne, pelo que a
dependência da oferta externa é uma característica que se acentua
nesta fileira. Com efeito, o grau de auto-aprovisionamento total médio
no sector da carne cifra-se em cerca de 74%.
À excepção da carne de aves, em que este indicador se situa perto da
auto-suficiência (92%), nas restantes carnes o mesmo parâmetro
apresenta valores reduzidos, com particular destaque para a carne de
bovino com um valor de 52%.
Face ao grau de auto-aprovisionamento registado, o saldo da balança
comercial é, no geral, acentuadamente negativo. A pressão da oferta
externa faz-se sentir em todo o sector da carne com muita intensidade,
com os principais fornecedores a pertencerem à União Europeia, os
quais asseguram 95% do volume importado. No entanto, nos últimos anos
tem vindo a aumentar o volume de importações de países terceiros, em
particular da América do Sul.
http://www.confagri.pt/Noticias/Pages/noticia33228.aspx
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