5 de Março, 2011
O Ministro da Agricultura defendeu a importância estratégica do sector
da agricultura para o país, tendo exortado os agricultores a um
aumento de produção, a exemplo do que tem sucedido na última década.
Em declarações à agência Lusa, à margem de um encontro de agricultores
do norte do vale do Tejo, na Golegã, António Serrano afirmou que a
escalada no preço dos alimentos a nível mundial vai obrigar a um
aumento de produção em todo o mundo, tendo afirmado que existe
«esperança, investimento, oportunidades e dinâmica» para aumentar a
produção em Portugal.
O governante disse ainda que, com a escalada no preço dos alimentos e
das matérias-primas e com o aumento da população a nível mundial,
surgem novas oportunidades para o sector, desde as áreas mais
tradicionais às mais modernas.
«Todas as áreas são importantes, desde as mais tradicionais às menos
tradicionais, tendo em conta que vivemos numa época em que
necessitamos de um aumento de produção de alimentos», afirmou.
Segundo defendeu, os agricultores portugueses devem produzir «tudo
aquilo que puderem, seja na área dos cereais, em que os stocks são
reduzidos e a procura mundial é grande, seja no olival, na vinha e no
vinho, ou em áreas mais novas como as hortícolas ou frutícolas»,
sector que hoje representa 36 por cento do produto agrícola.
«Não existe um sector estratégico, a agricultura é ela própria
estratégica para o país», vincou.
António Serrano disse ainda que a redução do défice da balança
comercial, entre 2005 e 2010, «praticamente aconteceu», tendo
sublinhado que os resultados obtidos são «fruto do comportamento do
sector e de um aumento de produção constante» ao longo da última
década, «ao contrário do que muita gente julga», observou.
O governante lembrou que as intenções de investimento para
modernização das empresas ligadas ao sector «superou» a barreira dos
900 milhões de euros, valor da dotação financeira do último concurso
no âmbito do ProDer, que terminou em Fevereiro.
Um dado que, afirmou, «indica que existe procura, intenções sérias de
investimento e que os agricultores continuam com uma dinâmica grande
que tem vindo a acentuar-se nos últimos anos».
António Serrano apontou ainda para a fileira dos cereais que, com uma
conjuntura em que a procura mundial é grande e os stocks são baixos,
significa para quem produz «uma oportunidade de aumento dos preços»
nos próximos tempos.
«O reverso da medalha é que isso implica também dificuldades
acrescidas para o sector da pecuária, que utiliza o milho e os cereais
na alimentação animal e vai ter um aumento nos custos de produção»,
observou.
Lusa/SOL
http://sol.sapo.pt/inicio/Economia/Interior.aspx?content_id=13342
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