5 de Março, 2011
O sector alimentar foi, desde sempre, o que mais adesões registou ao
projecto 'Compro o que é Nosso', da Associação Empresarial de Portugal
(AEP), e o sucesso da iniciativa deverá levar mais 100 empresas
alimentares a aderir até Março.
Segundo adiantou à agência Lusa o vice-presidente da AEP, até ao
momento, das 500 empresas aderentes ao programa - que visa promover e
valorizar o consumo de produtos portugueses - cerca de 30 por cento
(150) são do sector alimentar.
Até Março, e na sequência da campanha que a AEP tem em curso com o
Ministério da Agricultura para incentivar a adesão de mais empresários
nacionais ao projecto, a expectativa é que «mais 100 empresas do ramo
alimentar aderiram», acrescentou.
Para Paulo Nunes de Almeida, a forte adesão do sector alimentar ao
Compro o que é Nosso «tem a ver com a oferta de qualidade que há em
Portugal, mas também com o facto de os consumidores terem tendência,
nesta área, a consumir muito do que se produz em Portugal, até porque
associam o tempo de transporte a uma certa depreciação dos produtos».
Com a adesão de mais 100 empresas alimentares ao projecto, Nunes de
Almeida destaca que se «alargará substancialmente o número de marcas
que podem utilizar o respectivo logótipo e que os consumidores poderão
comprar sabendo que estão a consumir produtos que geram valor
acrescentado em Portugal».
Convicto de que a adesão ao Compro o que é Nosso tem dinamizado
substancialmente o consumo de produtos nacionais, o vice-presidente da
AEP cita os resultados do inquérito realizado no Verão de 2010, que
«concluiu que mais de 90 por cento dos inquiridos não só reconhecem o
logótipo [do programa], como associam a questão de comprar produtos
portugueses à defesa do emprego e do crescimento do produto e da
economia».
Já as empresas aderentes, disse, «entendem que a adesão ao Compro o
que é Nosso lhes proporciona fazer parte de um esforço colectivo de
marketing que valoriza os seus produtos e lhes permite aumentar as
vendas».
Numa altura marcada por uma conjuntura económica «particularmente
difícil» e pelo espectro de uma crise alimentar, com os preços dos
produtos a disparar, Paulo Nunes de Almeida destaca a importância do
programa na consciencialização do consumidor de que, «ao comprar
produtos que geram valor acrescentado em Portugal, está a contribuir
para a defesa do seu emprego e para o crescimento da economia».
Lusa/SOL
http://sol.sapo.pt/inicio/Economia/Interior.aspx?content_id=13354
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