terça-feira, 22 de maio de 2012

Indústria é prioritária no ensino profissional

Ensino profissional

21.05.2012 - 17:11 Por Clara Viana
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No ano passado cerca de 50% dos alunos do 10.º ano estavam em cursos
profissionais (Foto: Nelson Garrido)
As áreas prioritárias para o ensino profissional para jovens são as
mesmas da formação de adultos. Indústria, produção agrícola e animal,
silvicultura, caça e pescas

Adeus aos cursos de multimédia, informática, de marketing ou de
animador sociocultural, que até agora tiveram forte presença na oferta
do ensino profissional disponibilizada pelas escolas secundárias
públicas. A partir do próximo ano lectivo, as áreas prioritárias de
formação passarão a ser metalurgia e metalomecânica, electricidade e
energia, electrónica e automação, tecnologia dos processos químicos,
construção e reparação de veículos a motor, entre outras ligadas aos
sectores de bens e serviços transaccionáveis ou geradores de emprego.


A reforma do ensino profissional para jovens será anunciada esta
semana pelo Ministério a Educação e Ciência, mas as Direcções
Regionais de Educação já estão a enviar às escolas as alterações
previstas para o próximo ano lectivo. Um documento com as "orientações
para a constituição da rede de ofertas formativas" da Direcção
Regional de Educação do Centro (DREC), divulgado no site da Federação
Nacional de Professores (Fenprof), enumera 16 áreas prioritárias de
educação e formação para o ensino profissional onde figuram também as
áreas de produção agrícola e animal, silvicultura e caça e pescas.

Em 2011, 48,9% dos alunos que chegaram ao ensino secundário optaram
por cursos profissionais. As áreas prioritárias para ensino
profissional destinado aos jovens são as mesmas que foram anunciadas
pelo MEC, na semana passada, para os cursos de Educação e Formação de
Adultos, destinados a maiores de 18 anos.

O documento da DREC confirma também que no próximo ano lectivo, as
escolas públicas só poderão abrir turmas EFA de dupla certificação
(escolar e profissional). Para além desta mudança, a prioridade na
formação de adultos volta a ser o ensino recorrente, que praticamente
tinha desaparecido das escolas públicas.

Mínimo 30 alunos
À semelhança do que foi determinado para o ensino regular, o número
mínimo e máximo de alunos por turma também vai aumentar nas outras
modalidades formativas. Conforme determinado num despacho de Abril, no
ensino recorrente só poderão abrir turmas com um mínimo de 30 alunos,
devendo esta "ser extinta e agregada noutra se o número de alunos se
reduzir a menos de 25".

Em resposta a questões do PÚBLICO, o gabinete de imprensa do MEC
justifica a medida, afirmando que "não tem sentido nenhum que turmas
para adultos tenham uma dimensão menor que as dos jovens como tem
acontecido em muitos casos". A oferta de ensino recorrente será
concentrada "num grupo seleccionado de escolas com comprovadas
condições para tal", segundo anunciado pela secretária de Estado do
Ensino Básico e Secundário, Isabel Leite.

Nos Cursos de Educação e Formação destinados a jovens a partir de 15
anos com um historial de insucesso escolar, o número de alunos por
turma passará a ser de 20 a 25. Actualmente, o número máximo de alunos
por turmas nestes cursos é de 20.

http://www.publico.pt/Educa%C3%A7%C3%A3o/industria-em-forca-nas-areas-que-passarao-a-sre-prioritarias-no-ensino-profissional-1547031

1 comentário:

Colégio Lisboa disse...

Acho que 30 alunos por turma é um exagero e que não terá bons resultados. E no caso de cursos profissionais havia de existir ainda mais variedade.

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