HOJE às 09:30 actualizada às 10:460
inShareMais de 500 cientistas na área das florestas reúnem-se a partir
de hoje, no Estoril, numa conferência internacional para troca de
experiências na investigação de produtos da floresta, um sector com
relevância económica, social e para o ambiente.
Os participantes neste encontro, que decorre até sexta-feira, têm
acesso a cerca de 700 apresentações de trabalhos de investigação de
produtos florestais em todo o mundo, nas áreas da madeira, cortiça ou
pasta de papel.
O congresso mundial de produtos florestais da IUFRO, que reúne
instituições de investigação sobre florestas é uma iniciativa que se
repete a cada cinco anos e o último realizou-se em Taipei, em Taiwan
(China).
Com o apoio e colaboração dos patrocinadores e empresas do sector,
estão previstas várias visitas dando oportunidade aos participantes
estrangeiros para conhecerem o que se faz em Portugal na investigação
e na indústria da fileira florestal.
Além das vertentes económica e científica, a conferência inclui a
parte ambiental com a sensibilização para a adopção de comportamentos
eficientes e ecológicos durante o evento.
A organização, que em Portugal coube ao Instituto Superior de
Agronomia, promoveu a compensação da pegada ecológica através de
investimento em capital natural na Serra de Aire, no Parque Natural
das Serras de Aire e Candeeiros, através da intervenção em um hectare
de azinheiras para acelerar os processos naturais e levar à criação de
habitats florestais.
O conhecimento científico é essencial para debater os vários temas
associados à floresta e disponibilizar bases para tomadas de decisão
adequadas.
Uma informação da organização da IUFRO refere que a cooperação a nível
internacional no âmbito das ciências florestais e disciplinas a ela
relacionadas permite que a floresta satisfaça as necessidades humanas
de forma sustentável.
«Temos mais de 500 participantes inscritos no congresso, de mais de 40
nacionalidades, de África, Ásia, América e Europa, envolvidos em
trabalhos de investigação, desenvolvimento ou estabelecimento de
políticas para o sector da floresta e produtos florestais», disse
Helena Pereira, investigadora do Centro de Estudos Florestais (CEF),
do Instituto Superior de Agronomia (ISA) da Universidade Técnica de
Lisboa.
Tendo como principais matérias-primas a cortiça, a madeira de
eucalipto e a de pinheiro, a fileira florestal portuguesa corresponde
a 3,2% do PIB (Produto Interno Bruto) nacional e 12% do PIB
Industrial, representa 10% das exportações de bens portugueses, e gera
cerca de 260.000 postos de trabalho directos e indirectos.
O sector da pasta e papel representa 5,2% das exportações nacionais e
mais de metade das exportações do sector florestal.
Portugal contribui com cerca de 100 mil toneladas de cortiça por ano e
cerca de metade de 50% da produção mundial.
A floresta permite também grande diversidade de produtos e recursos
como a caça, a pesca desportiva, a silvo-pastorícia, os cogumelos, os
frutos secos e silvestres, as plantas aromáticas e medicinais, o mel
ou o turismo de natureza, além de «serviços» como o sequestro de
carbono, a qualidade da água e a promoção da biodiversidade.
Diário Digtal/Lusa
http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?id_news=581447
Sem comentários:
Enviar um comentário