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por Isabel Martins
4 de Julho - 2012
A OIV (organização Internacional da Vinha e do Vinho) acaba de aprovar
novas regras e definições para os vinhos desalcoolizados. A ideia é ir
ao encontro do crescente interesse dos consumidores por vinhos de
baixa graduação, ou mesmo desalcoolizados, harmonizando os conceitos e
regras a nível internacional.
As resoluções OIV-OENO 432-2012 e OIV-ECO 433-2012 atualizam o Código
Internacional de Práticas Enológicas com a inclusão de novas
definições para 'bebida obtida por desalcoolização do vinho' e 'bebida
obtida por desalcoolização parcial do vinho'.
Já as resoluções OIV-OENO 394A-2012 e OIV-OENO 394B-2012 especificam
as técnicas de separação que podem ser utilizadas para desalcoolizar
vinhos e corrigir o seu grau alcoólico.
De acordo com as novas regras, os estados membros da OIV têm de
especificar as técnicas utilizadas para reduzir a graduação de um
vinho, diferenciando a correção do teor alcoólico da desalcoolização
do vinho.
Assim, corrigir o grau alcoólico de um vinho para eliminar um eventual
excesso de etanol, com o objetivo de melhorar o seu equilíbrio
gustativo, é permitido sempre e quando essa redução não exceda os 20%
do teor total de etanol. O vinho obtido mediante esta prática deverá
ajustar-se à definição de 'vinho' e deve manter a graduação alcoólica
mínima dos vinhos (8,5º) se pretender identificar-se como tal.
Se a redução do teor de álcool for superior a 20%, o vinho já será
considerado como 'desalcoolizado', o que significa retirar parte ou
quase todo o conteúdo de etanol do vinho com o intuito de desenvolver
um produto vinícola com baixo ou reduzido teor de álcool. Este
procedimento é permitido, mas o produto resultante não poderá ser
designado de vinho, dado que não cumpre com a definição desta bebida.
Quanto às técnicas utilizadas, são permitidas a destilação, evaporação
parcial em vácuo e técnicas de membranas.
As novas definições são assim:
'Bebida obtida por desalcoolização parcial do vinho', para produtos
com uma graduação compreendida entre 0,5 e o mínimo requerido para o
vinho (8,5º).
'Bebida obtida por desalcoolização do vinho', para produtos com uma
graduação inferior a 0,5º.
A OIV está ainda a trabalhar na definição de normas para os produtos
que ficaram de fora destas novas regras, nomeadamente os vinhos
submetidos a uma redução de mais de 20% do teor alcoólico, mas que
mantêm a graduação mínima para ser definidos como vinhos.
http://www.enovitis.com/news.aspx?menuid=8&eid=5423&bl=1&page=1
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