segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

Copa-Cogeca: CE não pode fazer mais concessões agrícolas nos futuros acordos comerciais

02-12-2013




Quando a Comissão Europeia se dispõe a iniciar negociações bilaterais
com países não membros da União Europeia, o presidente do Copa, Albert
Jan Maat, manifestou num encontro com o comissário europeu da
agricultura para a necessidade de melhorar o acesso ao mercado para os
produtos comunitários e o respeito pelas normas de produção.

«No recente acordo alcançado como Canadá, a União Europeia (UE)
aceitou já um maior acesso ao mercado para importantes volumes e carne
de bovino e de porco, procedentes do Canadá. Nas próximas negociações
comerciais com outros parceiros da UE, não devem fazer-se mais
cedências. A UE deve ser mais ambiciosa no sector lácteo e garantir
uma melhoria do acesso ao mercado para os produtos comunitários. Não
deveria utilizar-se a agricultura como ferramenta para conseguir esta
abertura. Por outro lado, também é crucial assegurar que os associados
comerciais respeitem as elevadas normas de produção e de qualidade da
UE, como as Indicações geográficas e evitar o uso de promotores de
crescimento para a produção de carne, tendo em conta que são proibidos
na UE».

Contudo, também recebeu favoravelmente a nova proposta da Comissão de
reforma da política de promoção, insistindo que esta desempenha um
papel importante para conseguir que os produtos agrícolas europeus
ganhem reconhecimento tanto na Europa como no resto do mundo. O qual é
particularmente importante num momento em que se está a negociar
tantos acordos comerciais bilaterais. Estas propostas simplificam
muitos procedimentos administrativos e reduzem a burocracia par ao
sector.

Tal como outros ministros da Agricultura e eurodeputados, também
expressou a sua preocupação ao constatar que na redação doa actos de
execução ou delegados, a Comissão desvaloriza o quadro da reforma da
política agrícola comum (PAC) estabelecida em determinados elementos
do acordo, como por exemplo, no caso da política "verde", instando o
comissário da Agricultura, Dacian Ciolos, a assegurar o respeito pelo
acordo alcançado.

Deve reduzir-se ao máximo a burocracia e o papel para os agricultores,
tendo em conta que estes ficam apenas com uma fracção do preço de
venda dos seus produtos, sublinhando ainda a necessidade de garantir
melhores receitas do mercado.

O trabalho com as cooperativas agro-alimentares deve ser incentivado,
referindo o responsável que estas podem ajudar os agricultores a obter
melhores preços para os seus produtos e intensificar-se os
investimentos no sector, assegurando assim que este seja modernizado e
capaz de fazer frente à crescente procura mundial de alimentos que,
segundo as previsões, deve aumentar cerca de 60 por cento até 2050.

Fonte: Agrodigital

http://www.confagri.pt/Noticias/Pages/noticia48141.aspx

Sem comentários:

Enviar um comentário