sexta-feira, 18 de maio de 2012

Azeite - Saúde Fácil, Barata e Saborosa

OPINIÃO


Sérgio Lavado

Quantas vezes já ouvimos o slogan "somos o que comemos"? Vezes sem
conta! E em que pensamos? Verduras, frutas, carnes brancas, fibra e
acima de tudo a mínima gordura possível! Mas será de todo saudável não
consumir gorduras? A resposta a esta pergunta é um Não categórico! A
ingestão de gorduras (lípidos) é fundamental para o bom funcionamento
do organismo. Elas aportam parte importante das calorias (energia)
necessárias para os processos químicos do organismo e, além disso,
fornecem ácidos gordos, substâncias fundamentais para o bom
funcionamento do metabolismo, da reprodução e, por fim, da
sobrevivência do ser Humano.

Então, tomando como ponto de partida que é necessário consumir
gorduras, que tipo de gorduras devemos consumir? Muito fácil de
responder: as mais saudáveis! E quais são as mais saudáveis? As que
contém ácidos gordos monoinsaturados. E porque são estas gorduras as
mais saudáveis? Porque cumprem as funções metabólicas que se requerem
a qualquer gordura e, além disso, são as únicas que reduzem os níveis
de "colesterol mau" (LDL) e aumentam os de "colesterol bom" (HDL),
melhorando desta forma a circulação arterial e reduzindo o risco de
acidentes cardiovasculares. São por isso conhecidas como gorduras
"amigas do coração". E onde se podem encontrar em abundância os ácidos
gordos monoinsaturados? Dentro de uma garrafa de azeite (até 80% da
composição do azeite) em qualquer supermercado ou loja perto de si.
Pode encontra-lo 365 dias por ano, com a máxima segurança alimentar,
com um larguíssimo prazo de validade e com uma gigantesca diversidade
de utilização.


E como se a redução do colesterol não fosse razão mais do que
suficiente para o consumo desta gordura vegetal, ao consumir azeite
estamos ainda a ingerir um alimento que: (1) é um potentíssimo
vasodilatador, com o qual reduzimos a tensão arterial; (2) reduz os
níveis de glucose e as necessidades de insulina em diabéticos; (3)
estimula o bom funcionamento da vesícula biliar; (4) melhora a
digestão dos alimentos. E tudo isto apenas falando da categoria
"Azeite", porque se rebuscamos mais a questão e falamos de "Azeite
Virgem Extra" aí entram em "ação" os tão falados antioxidantes. O
Azeite Virgem Extra é um alimento riquíssimo em polifenóis (até
600ppm), que são substâncias com um elevado poder antioxidante. Como
tal, ao consumir Azeite Virgem Extra estamos a prevenir a morte
celular e, consequentemente, a atrasar o envelhecimento. Os compostos
fenólicos possuem ainda propriedades anti-inflamatórias, prevenindo
uma série de doenças crónicas que afetam milhares de pessoas.

Para além de todas estas propriedades nutricionais e funcionais, o
Azeite Virgem Extra consegue ainda potenciar o sabor dos alimentos,
dando um requinte especial tanto aos pratos cozinhados como às saladas
e afins. E tudo isto quanto custa? Se consumirmos o que os médios
investigadores recomendam - entre 30 e 40g diárias - tudo isto
custa-nos a módica quantia de 14 cêntimos por dia. Por apenas 14
cêntimos por dia podemos melhorar diversos aspetos da nossa saude,
podemos tornar mais saborosos os nossos pratos, podemos contribuir
para a fixação de pessoas ao meio rural, podemos contribuir para a
manutenção de paisagens tradicionais e por fim podemos contribuir para
o fortalecimento da economia nacional. Tudo isto por 14 cêntimos! São
necessárias mais razões para consumir este produto 100% natural e
respeitador do meio ambiente?

Sérgio Lavado
Estudante no IX Mestrado em Olivicultura e Azeites da Universidade de Córdoba

Publicado em 17/05/2012

http://www.agroportal.pt/a/2012/slavado.htm

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