Por Agência Lusa, publicado em 14 Maio 2012 - 19:32 | Actualizado há 1
dia 13 horas
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O Parque Nacional da Peneda-Gerês (PNPG) vai receber um sistema
pioneiro de vigilância através de espetrometria ótica com capacidade
de reconhecer fumo orgânico de fogos florestais a 15 quilómetros de
distância, através de um sensor ótico.
A instalação deste equipamento, confirmada hoje à Agência Lusa por
fonte oficial da Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC), deverá
ser concretizada em 16 semanas, apresentado o sistema a "capacidade
única" de reconhecer fumo orgânico, através de uma análise química da
atmosfera por espetrometria ótica.
"Distinguindo-o de outras fontes de fumo, por exemplo o proveniente de
indústrias" e decidindo "de forma completamente autónoma, até uma
distância de 15 quilómetros, se há motivo para enviar um alerta de
incêndio", explicou a fonte, sublinhando tratar-se de um
projeto-piloto para apoiar a decisão de primeira intervenção.
A instalação deste equipamento no PNPG é justificada pela ANPC com a
"importância desta área e da necessidade de uma pronta e rápida
deteção e decisão sobre o nível de intervenção de meios".
O sistema conta com um sensor ótico remoto de grande alcance e uma
câmara ótica de elevada resolução, que realizará um varrimento
horizontal de 360 graus e vertical entre 45 a 90 graus.
Inclui ainda sensores atmosféricos que monitorizam as condições
atmosféricas do local, como de temperatura, humidade, direção e
velocidade do vento, e pluviosidade.
Segundo a fonte, o procedimento de aquisição deste sistema de
monitorização e apoio à decisão operacional através de "espetrometria
ótica" para o PNPG "encontra-se em fase de análise da proposta",
estimando-se que a adjudicação seja realizada "nos próximos dias".
"Após a assinatura do contrato, a empresa dispõe de 16 semanas para a
instalação do sistema. Constitui como um objetivo que a instalação
deste projeto-piloto venha a estar pronta de forma a apoiar o plano
[de prevenção de fogos] durante o seu período de funcionamento, ou
seja a Fase Charlie", esclareceu a fonte.
Em caso de alarme, fornece "informações adicionais" aos centros de
comando, como a "localização exata do fogo, fotografia da deteção e
dados meteorológicos, que envia para um servidor central a partir do
qual se possam emitir alertas para outros dispositivos".
"Permitirá avaliar a sua capacidade de deteção, análise e apoio à
decisão de focos nascentes de incêndios florestais, permitindo adequar
a resposta, em ataque inicial, em função das características de cada
ignição, sua localização, intensidade, combustível afetado e nível de
acessibilidade, garantindo uma resposta pronta e o mais adequada a
cada situação", sublinha a ANPC.
Além deste sistema, o Plano de Operações Nacional para o PNPG, envolve
meios dos corpos de bombeiros, do Grupo de Intervenção Proteção e
Socorro (GIPS) da GNR, da Força Especial de Bombeiros (FEB) da ANPC e
do próprio parque, com um total de quatro equipas e 20 operacionais,
que entre 01 de julho e 30 de setembro estarão em permanência 24 horas
por dia "nas zonas prioritárias referidas e respetivas áreas
envolventes", em operações de prevenção.
O PNPG abrange áreas dos distritos de Braga, Viana do Castelo e Vila Real.
http://www.ionline.pt/portugal/peneda-geres-projecto-pioneiro-vai-detectar-fogos-florestais-15-quilometros-atraves-analise
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