quinta-feira, 17 de maio de 2012

Barca Velha 2004 chega em Setembro por cem euros

17 Maio 2012 | 12:53
António Larguesa - alarguesa@negocios.pt

Um dos mais exclusivos vinhos portugueses regressará este ano ao
mercado, novamente pelo "paladar" do enólogo Luís Sottomayor. A Casa
Ferreirinha, detida pela Sogrape, produziu apenas 26.068 garrafas
numeradas, da colheita de 2004.
Esta é apenas a 17.ª colheita na história deste vinho nascido no Douro
em 1952, há precisamente 60 anos, e chega ao mercado em Setembro com
um preço de 100 euros. Até lá, e já a partir de Junho, apenas estará
disponível no Clube Reserva 1500 (o clube de sócios da Sogrape, a
empresa proprietária da Ferreirinha).



O Barca Velha é um vinho emblemático da região duriense, que nasce
apenas de vindimas excepcionais. Como a de 2004, um ano vitícola
quente e seco, em que "a grande dificuldade, enquanto vindima de
grande qualidade e quantidade, foi separar as uvas que iam fazer
história daquelas que estavam apenas destinadas à produção clássica",
sintetiza o enólogo chefe da Casa Ferreirinha. Os cinco últimos da
colecção são de 1991, 1995, 1999 e 2000.

As uvas são maioritariamente provenientes da Quinta da Leda (Vila Nova
de Foz Côa) onde a Sogrape tem 160 hectares de vinha, e também de uma
pequena percentagem de outras vinhas situadas a altitudes mais
elevadas. A colheita de 2004, que esperou os últimos oito anos para
poder ser bebido, inclui as castas Touriga Nacional (40%), Touriga
Franca (30%), Tinta Roriz (20%) e Tinto Cão (10%).

"Os vinhos foram transportados para Vila Nova de Gaia logo após o
final da maceração, onde depois das fermentações de acabamento foram
submetidos a um estágio em barricas de carvalho francês de 225 litros
de capacidade, 75% madeira nova e 25% madeira usada, durante
aproximadamente 16 meses", informou a Casa Ferreirinha, frisando ainda
ter sido engarrafado sem tratamento.

Este vinho, com teor alcoólico de 13,5 graus, pode ser bebido desde
já. No entanto, tem um "longo potencial de guarda" e evolui
positivamente em garrafa, desde que seja mantida deitada e em local
seco e fresco ao abrigo da luz. A empresa estima que atinja o "apogeu"
15 a 20 anos após a colheita, "prevendo-se contudo que se mantenha
vivo por um período até hoje indeterminado".

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