A opinião dos três convidados da conferência organizada pelo Expresso
e BES, no âmbito do Futuro Sustentável, teve uma linha comum: só há
futuro se empresas e governos se apressarem a entrar de uma vez por
todas numa economia que aproveite e respeite o ambiente.
Manuela Cipriano e Vitor Paiva (www.expresso.pt)
16:30 Quinta feira, 17 de maio de 2012
O Expresso e o BES reuniram ontem em Lisboa, no âmbito da iniciativa
conjunta do Futuro Sustentável, Pavan Sukhdev, líder do estudo TEEB -
The Economics of Ecosystems and Biodiversity, Carlos Pimenta, diretor
do CEEETA - Centro de Estudos em Ecnomia da Energia dos Transportes e
do Ambiente, e Pedro Afonso de Paulo, secretário de Estado do Ambiente
e Ordenamento do Território. Para estes especialistas a Economia tem
de se tornar definitivamente verde, ou não teremos futuro.
Economia Verde, Economia Castanha, externalidades, preservar e
potenciar os recursos naturais numa perspetiva económica podem parecer
conceitos recentes, mas não são. Na realidade, há já alguns anos que a
União Europeia e a ONU destacaram especialistas para elaborarem
relatórios com estratégias e soluções que permitam à humanidade, em
2050, ter alimentação e água suficientes para uma população global que
será demasiado grande para os recursos naturais existentes senão se
tomarem medidas urgentes.
Esta é a perspetiva do economista Pavan Sukhdev e, por isso, estão
previstas no TEEB medidas que já estão a ser implementadas por alguns
governos e empresas, embora ainda poucos, face ao total.
Sobre as externalidades que Pavan refere - em termos de economia verde
são uma espécie de danos colaterais do impacto da ação humana,
sobretudo a industrial, na natureza - Carlos Pimenta é da opinião que
em Portugal esta consciência parece já existir mas ainda não é
generalizada.
O ex-ministro do ambiente criticou exemplificou a sua crítica com os
impostos mal direcionados e sugeriu alterações no IRS e IRC como
incentivo para as empresas tomarem medidas ecológicas.
Do lado do Governo português, Pedro Afonso Paulo deixou a garantia que
se está atualmente a elaborar relatórios que preveem medidas que visam
a eficiência de recursos através de investimentos e políticas
públicas, como a regulação ambiental.
http://expresso.sapo.pt/e-urgente-mudar-a-cor-da-economia-de-castanho-para-verde=f726645
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