O secretário de Estado da Cultura, Francisco José Viegas, defendeu,
esta terça-feira, que se devia estudar "o impacto potencial" do
projeto da barragem do Tua numa região que é Património Mundial.
foto EDUARDO PINTO/JN
Obras da Barragem do Tua
O jornal "Público" noticiou, esta terça-feira, que o Comité do
Património Mundial da UNESCO vai exigir, numa reunião em junho, a
paragem imediata das obras de construção da Barragem de Foz Tua e quer
uma análise à situação da área de paisagem classificada do Alto Douro
Vinhateiro como Património Mundial.
O secretário de Estado da Cultura considerou "razoável que a UNESCO
apresente essas dúvidas", mas não admite "perder a classificação de
Património Mundial para a região".
Por isso, a tutela concorda que seria "ser altamente desejável a
realização de uma missão conjunta de monitorização para estudo do
impacto potencial do projeto".
No ano passado, a Icomos, uma associação de profissionais da
conservação do património, alertou que a construção daquela barragem
terá "um impacto irreversível" e constitui uma "ameaça ao valor
excecional universal".
"A SEC reconhece que todo o processo, herdado do governo anterior, era
questionável em vários pontos, aliás já mencionados no relatório do
ICOMOS de Agosto/Setembro de 2011", referiu.
Francisco José Viegas afirmou ainda à agência Lusa que manifesta "o
desejo de acomodar as recomendações sugeridas" pela Icomos e pela
UNESCO.
Em dezembro passado, em entrevista à SIC, Francisco José Viegas disse
que estava "a negociar com a EDP a possibilidade de encontrar
soluções" para atenuar o impacto da central elétrica da barragem de
Foz Tua na região classificada do Douro Vinhateiro.
No entanto, não deu resposta quando questionado hoje pela Lusa sobre
se já foi encontrada alguma solução.
http://www.jn.pt/paginainicial/pais/concelho.aspx?Distrito=Vila%20Real&Concelho=Alij%F3&Option=Interior&content_id=2518961&page=-1
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