Apesar da acentuada volatilidade das cotações que se tem vindo a
apoderar do mercado mundial de cereais, os agricultores portugueses
acreditam na crescente importância desta cultura cuja área de continua
a aumentar
Segundo os dados provisórios do IFAP, a que a ANPROMIS teve
recentemente acesso, a cultura do milho ocupa atualmente em Portugal
uma área de 140.723 hectares. Desta área, 91.678 hectares destinam-se
à produção de grão e 49.045 hectares à produção de silagem (*).
Tendo em conta a campanha agrícola passada, verificou-se um aumento de
3.941 hectares no caso do milho para grão e uma redução, que se
estima, de 631 hectares no caso do milho para silagem.
No que diz respeito aos demais cereais, o milho continua a ser de
forma destacada, o principal cereal semeado em Portugal.
Analisando o
quadro seguinte, podemos ainda realçar os aumentos de área verificados
no trigo (mole e duro) que ocupa atualmente 50.693 hectares, no
triticale que ocupa 30.596 hectares, na cevada (forrageira e dística)
cujo aumento de área foi de 1.303 hectares e no sorgo que foi semeado
em 7.233 hectares.
Numa situação bem diferente encontra-se a aveia, cuja área semeada
decresceu 5.129 hectares.
Em relação a 2011, podemos constatar que área nacional de cereais
contrariou a tendência verificada nos últimos anos e aumentou 19.622
hectares.
Estes são dados que se destacam apesar da seca que assola o nosso país
desde finais de 2011, prejudicando não só as culturas de Inverno, como
também, o cultivo das culturas de Primavera, entre as quais o milho,
em vastas áreas do nosso território, sobre tudo em alguns regadios
privados do Alentejo.
Segundo Luís Vasconcellos e Souza, Presidente da Anpromis «o ano de
2011 foi sem dúvida positivo para quem apostou nesta cultura, sendo de
realçar o preço obtido na comercialização da produção. A realidade
desta campanha de 2012 constitui uma clara prova do interesse
determinante que a cultura do milho tem para os agricultores
portugueses e para a economia nacional.
Em relação à atual conjuntura refere ainda que «apesar da acentuada
volatilidade dos preços que tem vindo a apoderar-se do mercado mundial
de cereais e das dificuldades sentidas pelos produtores no planeamento
das suas explorações agrícolas, a verdade é que os nossos produtores
têm-se revelado cada vez mais competitivos e capazes de responder às
necessidades dos mercados. A comprová-lo está o cultivo do milho em
novas áreas de regadio como Alqueva, que é hoje em dia uma realidade,
e que traduz a capacidade de investimento e de afirmação dos
produtores nacionais de milho, numa altura de grandes restrições
financeiras».
Sobre a ANPROMIS:
A ANPROMIS – Associação Nacional dos Produtores de Milho e Sorgo
surgiu em 1988 com o intuito de representar e defender os interesses
dos produtores de milho e sorgo portugueses, junto dos poderes
decisores nacionais e internacionais. A ANPROMIS é um centro de apoio,
informação e defesa dos interesses dos Produtores Nacionais de Milho e
Sorgo e das Organizações por estes constituídas. A ANPROMIS é, desde a
sua criação, membro da Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP)
e desde 1998, membro da Confederação Europeia dos Produtores de Milho
(CEPM). A ANPROMIS que possui como associados 12 Organizações de
Produtores, representa os 67.000 produtores de milho existentes em
Portugal (continente e Açores).
fonte: multicom
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