quarta-feira, 25 de julho de 2012

Incêndios: Miguel Macedo ouvido na terça-feira no Parlamento

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24 de Julho, 2012

O ministro da Administração Interna, Miguel Macedo, vai ser ouvido na
próxima terça-feira no Parlamento a propósito dos incêndios que
afetaram a Madeira e o Algarve, disse hoje o presidente da Comissão da
Agricultura e Mar, Vasco Cunha.
O deputado social-democrata, que preside à Comissão Parlamentar da
Agricultura e Mar, falava aos jornalistas no final de uma visita às
instalações da Autoridade Nacional da Proteção Civil(ANPC), em
Carnaxide.

«Tratou-se de uma visita que já estava prevista há muito tempo, mas
onde tivemos oportunidade de conhecer alguns desenvolvimentos dos
fogos florestais. Tomámos conhecimento de números e do envolvimento no
terreno que serão desenvolvidas na próxima semana quando ouvirmos o
ministro Miguel Macedo na nossa comissão», perspetivou.

Contudo, Vasco Cunha sublinhou que após as explicações hoje prestadas
durante a visita à ANPC, a comissão ficou com boa impressão
relativamente ao dispositivo humano e material envolvido no combate
aos incêndios da Madeira e do Algarve (Tavira).

«Aquilo que concluímos é que houve empenho de todo o efetivo e de toda
a hierarquia para que todo este problema que esteve em Tavira pudesse
ser resolvido o mais depressa possível e com o menor dano possível»,
sublinhou.

Questionado pelos jornalistas sobre o pedido do Ministério da
Administração Interna à ANPC para que apresente um relatório
pormenorizado sobre os incêndios florestais que ocorreram no Algarve,
Vasco Cunha referiu que cada grupo parlamentar vai aguardar pelas
conclusões para «tomar as decisões que bem entender».

Ainda a propósito do incêndio no Algarve, Vasco Cunha foi questionado
acerca das declarações do presidente da Liga dos Bombeiros que exortou
o comandante da Proteção Civil, Vítor Vaz Pinto, a verificar se tem
condições para continuar no cargo.

Vasco Cunha respondeu que não cabe à comissão fazer esse tipo de juízos.

«Enquanto comissão não nos cabe decretar a confiança ou não em quem
está nestas instituições, mas sim ao poder governativo», argumentou.

Na visita às instalações da ANPC esteve também o secretário de Estado
da Administração Interna, Filipe Lobo d' Ávila, que se recusou a
comentar esta polémica.

No domingo, em declarações à RTP, o comandante nacional da Proteção
Civil, Vítor Vaz Pinto, disse que «houve falhas» no combate ao
incêndio que lavrou durante quatro dias na Serra do Caldeirão, entre
Tavira e São Brás de Alportel.

Na segunda-feira o Ministério da Administração Interna emitiu um
comunicado a dar conta que a tutela pretende que a ANPC apresente até
ao dia 10 de agosto um «relatório pormenorizado» sobre os incêndios
florestais que ocorreram no Algarve entre quarta-feira e sábado.

O incêndio da Serra do Caldeirão deflagrou cerca das 14:00 de
quarta-feira em Catraia, na freguesia de Cachopo, concelho de Tavira.

As chamas só foram dominadas ao final da tarde de sábado, depois de um
prolongado combate que chegou a mobilizar mais de 1.100 operacionais,
13 meios aéreos e mais de duas centenas de veículos.

Lusa/SOL

http://sol.sapo.pt/inicio/Sociedade/Interior.aspx?content_id=55186

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