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25/07/2012 - 20h05 0
Assuntos relacionados: cnen, expo t&c, pesquisa, inovação, alimentos, brotamento
SÃO LUÍS - Frutas frescas, grãos e vegetais podem ter durabilidade
três vezes maior com a irradiação de alimentos...
Agência Brasil
SÃO LUÍS – Frutas frescas, grãos e vegetais podem ter durabilidade
três vezes maior com a irradiação de alimentos. É o que garante a
técnica apresentada pela Comissão Nacional de Energia Nuclear (Cnen)
na ExpoT&C, mostra de ciência, tecnologia e inovação da 64ª Reunião
Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC).
De acordo com químico da Cnen, Elder Magalhães, o uso de energia
nuclear aumenta o tempo de conservação dos alimentos, previne o
brotamento e retarda a maturação. O processo evita a transmissão de
doenças causadas por bactérias, fungos e leveduras. Além disso,
parasitas, insetos e seus ovos e larvas são mortos ou se tornam
estéreis. "A irradiação aumenta o tempo de vida e produz um alimento
mais saudável, evitando o desperdício. O comerciante, quando vê que
vai sobrar mercadoria, repassa os custos ao consumidor. Com a técnica,
o preço de frutas e verduras pode baixar", explicou.
A técnica de irradiação alimentar tem custo de operação elevado e
ainda não é aplicada no país. Entretanto, já é realidade na
esterilização de materiais médicos e cirúrgicos, como agulhas e fios
de sutura. Segundo a Cnen, a técnica é aprovada pela Organização das
Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO) e utilizada em 37
países.
Magalhães ressaltou que a técnica, ainda desconhecida do grande
público, divide opiniões e provoca insegurança. "Os alimentos são
submetidos a uma quantidade controlada de radiação e não ficam
contaminados. Eles não são serão colocados dentro de solução
radioativa. É como tirar um raio X, deixar uma roupa para secar ao sol
ou se bronzear. O que é vendido para população é filme de ficção
científica e não é a verdade. Ninguém vai virar o Godzila ou o
Incrível Hulk por comer um alimento que passou por processo de
irradiação. É uma técnica segura", disse o químico à Agência Brasil.
A dona de casa Maria Helena Santos, de São Luís, conheceu a técnica e
afirmou que comeria alimentos irradiados. "Não tenho medo e teria, com
certeza, na minha casa. Entendi os benefícios e também que não há
nenhuma alteração no sabor. São essas tecnologias avançadas que vão
ajudar a combater a escassez de alimentos em um mundo cada vez mais
com mais problemas", opinou.
A ExpoT&C reúne centenas de expositores, como universidades,
institutos de pesquisa, agências de fomento e entidades
governamentais. A mostra termina na sexta-feira (27).
http://www.dci.com.br/especialista-mostra-que-energia-nuclear-pode-conservar-alimentos-por-mais-tempo-id304371.html
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