segunda-feira, 30 de julho de 2012

Seguro quer Passos esclareça falta de controlo de alimentos

ALIMENTAÇÃO

por Texto da agência Lusa publicado por Paula MouratoOntem

O secretário-geral do PS, António José Seguro, considerou hoje que
quem tem que esclarecer os portugueses sobre a questão das amostras
alimentares é o primeiro-ministro, pedindo medidas ao Governo para que
não existam dúvidas quanto à segurança alimentar.
"Quem tem que prestar esclarecimentos aos portugueses, e rapidamente
se ainda não o fez, é o primeiro-ministro. O primeiro-ministro não
pode deixar no ar esta suspeita de que há problemas com a segurança
alimentar dos portugueses", disse António José Seguro quando
questionado pelos jornalistas, em Baião, sobre a notícia avançada hoje
pelo Jornal de Notícias de que a ASAE não está a recolher as amostras
alimentares necessárias.

Para o secretário-geral socialista "o que é fundamental é que o
Governo, caso ainda não o tenha feito, venha rapidamente sossegar os
portugueses e tomar as medidas necessárias para que não existam
dúvidas quanto à qualidade da segurança alimentar no nosso país".
Questionado sobre se o PS admite chamar a ministra da Agricultura ao
Parlamento, Seguro foi perentório "neste momento o que é necessário é
rapidamente tranquilizar os portugueses. É isso que me preocupa".
"Quando há notícias desta importância, fico preocupado e portanto eu
espero, caso ainda não tenha feito, que o Governo venha rapidamente
dar a tranquilidade aos portugueses e explicar o que é que aconteceu.
De facto não pode haver problemas com a segurança alimentar em
Portugal", acrescentou.
Interrogado sobre se, caso esta notícia se concretize, poder estar
relacionado com os cortes orçamentais, Seguro respondeu não querer
"acreditar que estas coisas estejam a acontecer", não querendo
contribuir para criar insegurança e alarido na sociedade portuguesa.
O Inspetor-geral da ASAE disse hoje que a Direção Geral de Veterinária
deixou de pedir amostras para controlar os alimentos, mas que as ações
de fiscalização aos produtos vendidos diretamente ao público se
mantêm.
A Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) "tem vindo a
desenvolver a sua atividade no corrente ano exatamente nos mesmos
moldes que fez nos anos anteriores", afirmou à Lusa o inspetor geral
António Nunes, lembrando que a ASAE é responsável por fiscalizar os
produtos manipulados que são diretamente vendidos ao público.
Essa é uma responsabilidade da Direção Geral de Alimentação e
Veterinária (DGAV), que costumava pedir apoio à ASAE para recolher as
amostras dos alimentos para análise.
No entanto, a DGVA deixou de pedir esse trabalho e a ASAE deixou de
fazer recolhas "desde o final do primeiro trimestre do ano", disse o
inspetor-geral.

http://www.dn.pt/inicio/portugal/interior.aspx?content_id=2693029&page=-1

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