sábado, 4 de agosto de 2012

Corticeira Amorim bateu recorde semestral de vendas

03 Agosto 2012 | 17:18
António Larguesa - alarguesa@negocios.pt

As duas principais unidades de negócio – rolhas e revestimentos –
sustentaram o 10.º trimestre consecutivo de aumento de receitas. Nos
primeiros seis meses deste ano, a empresa registou um volume de vendas
de 275 milhões de euros (mais 8% do que no período homólogo), e subiu
os lucros em 28,2%, para 17,7 milhões de euros.
Segundo a informação enviada à CMVM, a Corticeira Amorim atingiu no
primeiro semestre o maior volume de vendas semestral alguma vez
registado: 275 milhões de euros, um crescimento de 8% (mais 20 milhões
de euros) face aos primeiros seis meses de 2011.

"O aumento de vendas de revestimentos (LVT e Cork Style na Alemanha,
América do Norte e Leste Europeu) e de rolhas (Naturais e Neutrocork
nos Estados Unidos, França e Argentina) foi determinante para este
crescimento", detalha a empresa, com sede em Mozelos, Santa Maria da
Feira.


O resultado líquido do período atribuível aos accionistas da
Corticeira Amorim atingiu os 17,716 milhões de euros. Um acréscimo de
28,2% relativamente aos 13,814 milhões de euros contabilizados nos
primeiros seis meses do ano passado.

A Corticeira Amorim tinha fechado o primeiro trimestre com lucros de
5,8 milhões de euros e vendas de 131,3 milhões de euros em termos
homólogos. Já as vendas consolidadas do segundo trimestre superaram as
do mesmo período de 2011 em 7%, atingindo os 143,7 milhões de euros.

Além do aumento das quantidades vendidas, para estes resultados
contribuiu igualmente o impacto positivo de valorização cambial,
sobretudo relativamente ao dólar norte-americano. Esse efeito cambial
deverá ter ultrapassado os cinco milhões de euros. Já a entrada da
Timbermam no perímetro de consolidação teve um efeito de três milhões
de euros.

No mesmo comunicado, a empresa divulga um aumento dos custos
operacionais de 1,4%, que ainda assim foi "manifestamente inferior" ao
aumento da produção em 8,6%. Já o crescimento de 5,4% dos custos com
pessoal é justificado "em parte" pelo aumento no número médio de
trabalhadores (2,3%) e, uma vez mais, pela entrada da Timbermam no
perímetro de consolidação (1%).

Mercado do vinho nos EUA e China potencia venda de rolhas

O maior grupo mundial do sector da cortiça registou aumentos de vendas
em todas as unidades de negócio. As vendas totais da unidade Rolhas
cresceram 6,6%, atingindo os 162,5 milhões de euros. "Além do efeito
cambial, o crescimento baseou-se, essencialmente, no efeito volume,
tendo-se vendido mais 78 milhões de rolhas face ao período homólogo",
detalhou a empresa.

Em Junho, a Amorim comprou a espanhola Trefinos, que lidera a produção
e comercialização de rolhas para champanhe e vinhos espumantes na
Catalunha. Na prática, com esta operação avaliada em 15,1 milhões de
euros, a empresa nortenha comprou a n.º 2 e ficou com 30% do mercado
mundial de champanhe, assumindo o papel de "consolidador". – links!

Ainda na unidade das rolhas, no documento hoje divulgado é salientado
o crescimento do mercado do vinho, "em especial o das novas geografias
como os EUA e a China", que "continuou a impactar positivamente a
actividade" desta unidade. "A liderança mundial na indústria, os
níveis de serviço alcançados e a qualidade e gama de produtos
apresentados explicam o grosso do ritmo de crescimento apresentado
desde o início de 2009. Finalmente, e para este semestre, há a referir
o efeito positivo dado pela evolução cambial, em especial o
relacionado com o USD", acrescenta a mesma nota.

Já no que toca à unidade Revestimentos, manteve as vendas atingiram no
final do semestre um total de 68,1 milhões de euros, mais 13,7% que o
semestre homólogo de 2011. A unidade Matérias-primas registou uma
subida de 16,5%, "resultantes da transformação da cortiça adquirida em
2011, em maior quantidade se comparada com o ano anterior, e de uma
ainda maior integração do ciclo produtivo da Corticeira Amorim".
Finalmente, na unidade Aglomerados Compósitos as vendas totais
aumentaram 3%, realçando a empresa que a subida chegou aos 6% se for
considerado apenas o mercado extra-grupo.

http://www.jornaldenegocios.pt/home.php?template=SHOWNEWS_V2&id=571921

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