Ministério da Agricultura garante que não há perigo para a saúde pública

Controlo alimentar

30 Julho 2012 | 12:01
Alexandra Machado - amachado@negocios.pt
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A transferência de recolha de amostras da ASAE para a Direcção-Geral
de Veterinária não significa que ninguém faça a função, diz Assunção
Cristas.
A ministra da Agricultura, Assunção Cristas, garantiu hoje no
Parlamento que não há qualquer falha no controlo alimentar, assumindo
que "não há nenhum problema para a saúde pública, nem há nada que
esteja a ser descorado nesta matéria".


Assunção Cristas respondia na Comissão parlamentar da Agricultura
sobre as notícias que desde o fim-de-semana têm sido publicadas sobre
a eventual falha na recolha de amostras para análise de produtos
alimentares, pelo facto de a ASAE ter deixado de fazer essa recolha.
Segundo a ministra da Agricultura, a ASAE deixou de fazer as recolhas
a pedido da Direcção-Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV),
cabendo agora a esta entidade essa função.

"No início deste ano houve um entendimento entre a DGAV e a ASAE no
sentido de racionalizar recursos humanos e financeiros. Houve
entendimento para que pudesse ser a Direcção-geral a fazer a recolha
de amostra. De facto a ASAE deixou de fazer recolha amostras, mas não
significa que ninguém as faça. Significa que há outra entidade a fazer
recolha das amostras", explicou Assunção Cristas.

Já ontem a DGAV explicara que os alimentos continuam a ser analisados.
Ontem, o director-geral Nuno Vieira e Brito declarou à Lusa que a DGAV
deixou de pedir apoio à ASAE por uma questão de "racionalização de
recursos", uma vez que "havia locais onde a ASAE recolhia e nós
tínhamos inspectores sanitários por isso não havia necessidade de a
ASAE o fazer".

Assunção Cristas acrescentou, mesmo, que "não houve nenhum vazio".
Além de que essas recolhas é um dos planos e não a totalidade do
controlo alimentar. Para a ministra da Agricultura importante é fazer
a análise das recolhas, onde o Governo diz ter já actuado para
garantir estabilidade financeira no sistema de análise para "que nunca
falte dinheiro para estas áreas". "Uma coisa é a amostra, outra é a
análise da amostra". Em Março, Portugal pediu à Comissão Europeia que
destruísse 4000 amostras recolhidas em 2009 e 2010, porque não tinham
sido analisadas por falta de meios.

Concretizando mais à frente, Assunção Cristas explicou que a ASAE
continua a ser a entidade responsável pela recolha de amostras nos
pontos de venda. A DGAV fica responsável pelas amostras nos pontos de
produção.

Garantindo a segurança alimentar, Assunção Cristas disse ainda que
esta é uma matéria central para os consumidores portugueses e para a
exportação dos produtos nacionais. A ministra da Agricultura garantiu
que têm vindo a Portugal delegações de vários países, como a Rússia,
Cazaquistão e mais recentemente Japão, verificar o sistema de controlo
para que se possa exportar carne para esses países.

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