20 Março, 2014 05:03 | Texto de António Falcão
Foi histórica a vindima de 2013 em Espanha, pelo menos em quantidade. Tanto que os ‘nuestros hermanos’ deverão ter subido ao primeiro lugar mundial da produção de vinho.
Foi histórica a vindima de 2013 em Espanha, pelo menos em quantidade. Tanto que os ‘nuestros hermanos’ deverão ter subido ao primeiro lugar mundial da produção de vinho.
A fonte é o Ministério da Agricultura espanhol, que adianta que a vindima de 2013 produziu 51 milhões de hectolitros, suplantando a Itália e a França, com 47 e 42 milhões, respectivamente. Mais de metade das uvas vieram das gigantescas áreas de vinha de Castilla-La Mancha, onde a Primavera húmida e o Verão solarengo fizeram as videiras produzir a toda a força. Recorde-se que os últimos números indicam que a Espanha será o país que também possui actualmente a maior área de vinha do mundo (apesar de arranques em várias regiões). Novas vinhas plantadas nos últimos anos, com foco na produtividade (incluindo rega), e um ano excelente, fizeram com que a produção subisse drasticamente em 2013. De tal maneira que Castilla-La Mancha pediu ajuda às regiões vizinhas para auxiliarem no armazenamento do excesso de vinho.
Produzir é uma coisa, vender a produção é outra. Com mais 15 milhões de hectolitros para vender que o normal, os produtores espanhóis desta região vão ter que fazer horas extraordinárias para escoar este gigantesco acréscimo de vinho. Para se ter uma ordem de grandeza, estes 15 milhões de hectolitros a mais representam quase três vezes mais do que toda a produção portuguesa e 15 vezes a produção anual média do Alentejo! A região de Castilla-La Mancha está longe de ter o prestígio vínico de regiões como Rioja, Cava ou Ribera del Duero e é muitas vezes associada a vinhos baratos e de baixa qualidade. Produções entre 20 e 30 toneladas de uva por hectare são aqui rotineiras e permitidas pelas leis da região. Ainda assim, Castilla-La Mancha tem conseguido exportar cada vez mais nos últimos anos.
Os números por país só serão ‘oficializados’ quando sair o relatório de produção da Organização Internacional do Vinho (OIV), previsto para Maio.
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