19 Março, 2014 11:32 | Revista de Vinhos
O colunista Matt Kramer, da revista norte-americana “Wine Spectator”, faz questão de viver por uns tempos nos locais que o atraem. E estes têm sempre a ver com vinho. Por agora, assentou arraiais na Ribeira, Porto. E está verdadeiramente seduzido com o que por cá encontrou: no seu mais recente artigo, não tem dúvidas em afirmar que considera Portugal o “local mais interessante” do planeta do vinho nos dias que correm.
Kramer centrou as suas atenções na região do Douro, a mais “improvável área vitícola” que alguma vez viu, por causa da sua vastidão, do isolamento e – acima de tudo – da geografia. “Que tipo de zona vitícola tem produtores a usar dinamite para criar um buraco onde plantar uma videira? É assustadoramente belo”, desabafa. Na sua opinião, tal como qualquer pessoa deve ver o Grand Canyon antes de morrer, também qualquer apreciador de vinhos tem de visitar o vale do Douro.
Tal como tantos outros que se deram ao trabalho de olhar para lá do preconceito (um preconceito criado pelo mau trabalho que durante décadas os portugueses fizeram com os seus vinhos, reconheça-se), Matt Kramer descobriu todo um novo mundo de castas e locais que dão origem a vinhos extraordinários. Diferentes e “de classe mundial”. E, ainda por cima, com uma relação qualidade/preço que dificilmente se encontra noutros países.
Instalado na sua casa da Ribeira (e sem quarto de hóspedes, vai já avisando…), o colunista da “Wine Spectator” garante que, por muito que ele e a mulher tenham gostado de Lisboa, é no Porto que se sentem, por agora, em casa. A dimensão e a arquitectura antiga da cidade são argumentos, mas, valha a verdade, o trunfo fundamental é a sua localização junto à região do Douro e os seus vinhos.
Kramer relata no seu artigo a “revolução” a que se assiste nas terras que antes eram feudo do Vinho do Porto e agora dão origem a grandes vinhos de mesa. Brancos e tintos. De que voltará a falar, promete. Porque não faz tenção de se mudar tão depressa.
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