quinta-feira, 10 de maio de 2012

Campanha do 1.º de Maio rendeu ao Pingo Doce 25 a 27 milhões de euros

Publicado à 01.36

O presidente do grupo Jerónimo Martins assegurou que não vão
repetir-se nos supermercados Pingo Doce campanhas promocionais como a
do 1.º de Maio, mas admitiu que vai "continuar uma política agressiva"
de vendas.


foto ARQUIVO GLOBAL IMAGENS

Alexandre Soares dos Santos

"Não queremos perder vendas (...). A prioridade é a venda, não é o
lucro", justificou, em entrevista à SIC Notícias, Alexandre Soares dos
Santos, que lidera o grupo proprietário da cadeia de supermercados
Pingo Doce.

Alexandre Soares dos Santos adiantou que campanha do feriado do Dia do
Trabalhador, com a qual os clientes obtinham 50% de desconto para
compras superiores a 100 euros, destinou-se a recuperar "vendas
perdidas" e rendeu 25 a 27 milhões de euros.


Contudo, frisou que o grupo "não vai repetir este tipo de promoções",
com o argumento de que são caras.

Um dia depois da campanha, a Jerónimo Martins assegurara que a "ação
comercial" era uma das várias iniciativas do género previstas para
este ano.

Confrontado com as declarações recentes da ministra da Agricultura, a
propósito do caso, Alexandre Soares dos Santos questionou quais são os
"fornecedores que se queixam de que a Jerónimo Martins deu cabo
deles".

Assunção Cristas admitiu a necessidade de legislação para regular a
relação contratual entre produtores e distribuidores, considerando
"inadmissível" que descontos como os promovidos pelo Pingo Doce no
feriado do 1.º de Maio sejam "imputados" aos produtores.

O presidente do grupo Jerónimo Martins alegou que na campanha não
houve prática de "dumping" (venda a preço inferior ao do custo),
embora tenha admitido que possa ter havido "um ou outro preço errado"
em 16 mil referências de produtos.

A Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) concluiu ter
havido ilegalidades na campanha promocional do Pingo Doce e entregou o
processo à Autoridade da Concorrência.

A campanha promocional resultou numa grande afluência às lojas,
provocando, nalguns casos, desacatos e agressões, que levaram à
intervenção da PSP.

http://www.jn.pt/PaginaInicial/Economia/Interior.aspx?content_id=2508901&page=-1

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