quinta-feira, 3 de maio de 2012

Proença-a-Nova: Projecto aposta na produção intensiva de medronho para comercializar como fruto fresco

O medronho, fruto silvestre conhecido por dar origem a aguardente,
pode dentro de três anos ganhar projecção nas prateleiras de produtos
frescos, devido à aposta de um jovem de Proença-a-Nova.

Tiago Cristóvão, de 28 anos, economista, vai iniciar a plantação de
dois hectares «das melhores espécies de medronheiros», na freguesia de
Moitas.

Árvores seleccionadas em vários locais, com fruto de maior calibre,
entre outras características, foram reproduzidas "in vitro" pela
Escola Superior Agrária de Coimbra e até final do ano vão ser
plantadas.


O projecto, cuja marca ainda está em estudo, vai intervir «em toda a
fileira do medronho», do solo ao consumidor final. Não há tradição de
consumir o medronho como fruto fresco, mas Tiago Cristóvão acredita
que o mercado vai gostar da ideia: «o medronho é doce, de sabor
agradável e já há quem o venha apanhar para comer».

À semelhança de outros pequenos frutos, como os mirtilos ou
framboesas, acredita que a novidade acabará por se tornar num hábito.
«O medronho tem antioxidantes, vitamina C» e outros componentes que o
tornam num produto «bastante rico», disse.

O ponto de partida para a ideia foi simples, «a região tem boas
condições climatéricas para o desenvolvimento do fruto», pelo que
decidiu apostar de forma profissional na sua produção.

Até agora, «os medronheiros são uma árvore silvestre e o fruto serve
essencialmente para a produção caseira de aguardente».

O projecto de Tiago Cristovão não vai enveredar pela produção de
produtos alcoólicos, devido à carga fiscal associada, mas, além do
produto fresco, prevê a produção de geleias e compotas.

Esta iniciativa foi distinguida pelo concurso de ideias e projectos de
negócio promovido pelo Município de Proença-a-Nova, que premiou ainda
planos para novos serviços de turismo e para exploração de uma
queijaria artesanal.

Os empreendedores estão convidados para um ateliê de ideias em que vai
ser dado apoio na elaboração de planos de negócio e, caso os projectos
evoluam, assistência na criação e arranque das empresas.

O concurso do município insere-se num projecto de promoção do
empreendedorismo, que conta com o apoio da incubadora do Instituto
Pedro Nunes, em Coimbra, e que vai aproveitar os escritórios da antiga
fábrica de transformação de madeira Sotima.

Fonte: Lusa

http://www.agroportal.pt/x/agronoticias/2012/05/03k.htm

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