Regional | 00:00 | 27-04-2013
O debate sobre "Alqueva e os Desafios do Regadio para o Século XXI",
promovido ontem pela ACOS – Agricultores do Sul, proporcionou o
esclarecimento de dúvidas sobre a gestão da rede secundária de rega e
sobre a importância, para a região e para o País, do Empreendimento de
Fins Múltiplos de Alqueva.
No colóquio realizado ontem à tarde pela ACOS – Agricultores do Sul
sobre "Alqueva e os desafios do Regadio para o Século XXI", o
secretário de Estado das Florestas e Desenvolvimento Rural, Francisco
Gomes da Silva afirmou que Alqueva é um desígnio nacional. Que não
pertence a nenhum partido, nem a nenhuma região.
Sobre a polémica causada em torno da entrega da gestão da rede de rega
à EDIA, em vez de aos regantes, como as suas estruturas
representativas reclamam, Gomes da Silva explicou que esta decisão,
efectivada por um período reduzido de tempo – sete anos – tem como
propósito garantir a conclusão rápida das obras em curso, a melhor
interligação entre todos os blocos de rega, o preço da água e a
necessidade de financiar o resto do Alqueva.
Sobre o desacordo manifestado pelas estruturas de representação dos
regantes, o Secretário de Estado referiu que o que interessa é cumprir
o desígnio nacional. E que a posição dos agricultores é, nesta
matéria, uma questão de pormenor.
Francisco Gomes da Silva sublinhou que o maior desafio que se coloca
ao regadio de Alqueva para o século XXI é a conclusão das obras. E
explicou que, para o corrente ano, estão lançadas para execução em
2013, só para o regadio de Alqueva, cerca de 150 milhões de euros de
obras.
Ao afirmar que regar é muito mais do que abrir uma torneira, o
secretário de Estado do Desenvolvimento Rural lançou ainda o desafio
aos regantes para que proponham a certificação do regante como forma
de aumentar as garantias de eficiência.
O Colóquio promovido pela ACOS sobre os desafios do regadio de Alqueva
para o século XXI, que contou com casa cheia, teve como oradores Pedro
Teixeira, Director-geral da Direcção Geral de Agricultura e
Desenvolvimento Rural; António Parreira e Manuel Reis em representação
das associações de beneficiários do Roxo e de Odivelas e João Basto,
presidente da EDIA – Empresa de Desenvolvimento e Infraestruturas de
Alqueva. A moderar o debate esteve José Núncio, presidente da FENAREG
– Federação Nacional de Regantes de Portugal.
O debate foi aceso entre quem defendia a gestão da rede da água de
rega por parte dos agricultores e regantes e entre quem justifica a
gestão por parte da EDIA. No final as partes consideram importante o
debate público em torno de uma questão que a todos diz respeito.
José Núncio, presidente da FENAREG sublinhou que neste debate viu-se
que todos estão empenhados para que o empreendimento de fins múltiplos
de Alqueva seja um sucesso.
Por sua vez, Pedro Teixeira, da Direcção-Geral de Agricultura e
Desenvolvimento Rural disse que, referindo-se à EDIA, estamos a pagar
por erros de passado e que temos o dever de prestar contas.
O presidente da EDIA sublinhou a importância de, pela primeira vez,
conseguir expor de uma forma detalhada os pressupostos do modelo de
gestão de rega neste momento em cima da mesa.
O debate veio mostrar que conversando, as partes podem entender-se.
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