Lusa30 Abr, 2013, 18:56
Apesar das restrições orçamentais, o distrito de Vila Real conseguiu
garantir para este verão um dispositivo de combate a incêndios
semelhante ao do ano passado, composto por cerca de 1600 homens, 265
viaturas e cinco meios aéreos.
O dispositivo de combate a incêndios de 2013 para o distrito de Vila
Real foi apresentado hoje, em conferência de imprensa.
"Apesar das restrições orçamentais nós conseguimos manter um
dispositivo igual ao do ano anterior", afirmou o comandante distrital
de operações de socorro de Vila Real, Carlos Silva.
Na fase charlie, a mais crítica em termos de ocorrência de incêndios
florestais e que decorre entre 01 de julho e 30 de setembro, vão estar
empenhados 265 meios terrestres e 1662 homens, desde bombeiros,
militares da GNR, polícias e elementos do Instituto da Conservação da
Natureza e das Florestas (ICNB).
No distrito vão estar também cinco meios aéreos, compostos por três
helicópteros de ataque inicial sedeados em Vila Real, Vidago e Ribeira
de Pena e mais dois aviões anfíbios, que partirão do Centro de Meios
Aéreos (CMA) de Vila Real.
Já a partir de 15 de maio, na fase bravo, o distrito conta com o
reforço de 1568 homens e 265 viaturas, três helicópteros (dois de
ataque inicial e um de ataque ampliado) e entram em funcionamento
cinco postos de vigia.
Durante o verão, a GNR coloca em funcionamento 26 postos de vigia, a
quem cabe a deteção precoce das ocorrências.
A Guarda empenha 262 militares neste dispositivo, a PSP quatro
agentes, o INCF 146 funcionários e as 27 corporações de bombeiros 1250
voluntários.
Carlos Silva garantiu que este dispositivo "é capaz de responder a
todas as solicitações" e salientou que "o sucesso no combate aos
incêndios depende muito do comportamento dos cidadãos".
Este ano registaram-se alguns pequenos incêndios que, na sua maioria,
estão ligados à gestão de combustíveis para a pastorícia, tendo
ocorrido essencialmente em Alijó, Boticas, Montalegre, Chaves e Vila
Pouca de Aguiar.
Segundo o capitão Eduardo Lima, da GNR de Vila Real, em 2012 foram
registadas 2107 ocorrências no distrito que queimaram 6566 hectares.
Do total de ocorrências verificadas no ano passado, a Guarda validou
1804, das quais 1272 dizem respeito a incêndios florestais, 215 a
reacendimentos e 194 falsos alarmes.
Relativamente aos incêndios florestais, os militares apuraram que 629
foram provocados por queimadas para renovação de pastagens e limpeza
dos solos e 428 foram provocados por ações intencionais/vandalismo.
Em 2012, a GNR identificou 181 suspeitos de incêndios florestais (132
negligentes e 49 dolosos), tendo detido sete pessoas.
Os militares levantaram ainda 154 autos de contraordenação, a maior
parte dos quais relacionados com o uso indevido do fogo e não limpeza
de combustíveis.
Por sua vez, Eduardo Carvalho, do ICNF, referiu que, no ano passado e
com a ajuda dos sapadores florestais, foi feita a gestão de
combustíveis em 800 hectares do distrito, dos quais 270 com recurso à
técnica do fogo controlado.
Já para 2013 foi, segundo o responsável, aprovada a rede primária que
vai ser executada no distrito. Esta rede corresponde a uma faixa de
125 metros de largura que será estrategicamente colocada em cumeadas,
áreas agrícolas ou linhas de água, com o objetivo de ajudar na
contenção ou extinção dos fogos.
No total, serão implementados sete mil hectares no distrito desta rede
primária, que é financiada pelo PRODER.
http://www.rtp.pt/noticias/index.php?article=647823&tm=8&layout=121&visual=49
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