Regional | 07:00 | 29-04-2013
Milhares de pessoas visitaram a 30ª Ovibeja que, ontem, fechou portas
no Parque de Feiras e Exposições da cidade Pax-Júlia.
No Parque de Feiras e Exposições de Beja chegou ontem ao fim a 30ª
Ovibeja, Castro e Brito, presidente da ACOS-Agricultores do Sul,
afirmou que o certame em 2013 continuou a ser uma feira popular e com
dinâmica.
Assunção Cristas, ministra da Agricultura, visitou a feira no domingo
a título particular mas garantiu que terminar Alqueva em 2015 é opção
realista e que a gestão da água do Empreendimento de Fins Múltiplos é
para ser efectuada de forma conjunta, depois de 2020.
O Secretário de Estado da Agricultura, José Diogo Albuquerque , marcou
presença na Ovibeja e também deixou a garantia que todos os esforços
estão focados para cumprir o regadio de Alqueva em 2015.
Uma garantia que não convence partidos da oposição, João Ramos,
deputado do PCP eleito por Beja, integrou uma delegação comunista que
visitou a Ovibeja, e afirmou que receia que as obras do regadio de
Alqueva não fiquem concluídas até 2015, porque o Governo fez o anúncio
sem ter o seu financiamento garantido e porque se sabe também que
parte do dinheiro em falta só vai ficar disponível no próximo quadro
comunitário de apoio.
O deputado José Luís Ferreira, do Partido Ecologista "Os Verdes",
também marcou presença na feira e afirmou que tem grandes dúvidas que
o regadio de Alqueva esteja concluído em 2015 devido à retracção ao
investimento público que tem havido por parte do Governo.
A decisão do Ministério da Agricultura de entregar a gestão água de
regadio de Alqueva à EDIA e não às associações de regantes, como
defendem os agricultores foi outro tema que marcou a 30ª Ovibeja.
Neste capítulo, Gomes da Silva, secretário de Estado das Florestas e
Desenvolvimento Rural, afirmou que o que interessa é cumprir o
desígnio nacional e que a posição dos agricultores é, nesta matéria,
uma questão de pormenor.
Jorge Moreira da Silva, vice-presidente do PSD, também visitou a
Ovibeja e considerou que é fundamental aumentar a produção e diminuir
as importações e que a agricultura não é uma opção episódica, mas sim
estratégica e onde Portugal "dá cartas".
Este ano a sessão de abertura da Ovibeja ficou marcada pelo facto do
presidente da autarquia de Beja, Jorge Pulido Valente não ter sido
convidado para a mesa, a esta decisão da entidade promotora da
Ovibeja, não deve ter sido alheia a relação entre estas duas entidades
e que já levou a troca de palavras entre Castro e Brito e Jorge Pulido
Valente em causa a gestão do Parque de Feiras e Exposições da cidade
de Beja.
Inês Patola/Ana Elias de Freitas/ Joana Gomes
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