HOLANDA
por Lusa14 janeiro 2014
As autoridades holandesas ordenaram a apreensão de 11 toneladas de carne de cavalo no âmbito da investigação a um caso de tráfico detetado no sul de França em dezembro, informaram hoje as autoridades sanitárias locais.
No caso de França, pelo menos 200 cavalos provenientes do laboratório francês Sanofi, de centros equestres ou de proprietários particulares foram introduzidos na cadeia alimentar mediante a falsificação dos respetivos certificados veterinários.
Segundo a agência alimentar holandesa, NVWA, cerca de 11.000 quilos de carne de cavalo passível de conter daquela carne "imprópria para consumo" foram entregues a cinco empresas holandesas entre janeiro e outubro de 2013.
As 11 toneladas foram depois vendidas a restaurantes, como carne de cavalo para consumo humano, e a indústrias de alimentos para animais de companhia, segundo um comunicado da agência, que ordenou a sua apreensão na sequência de um alerta emitido pela Comissão Europeia em finais de dezembro.
"Dos 11.000 quilos, encontrámos cerca de 1.000. É quase 100% seguro que o resto foi comido", afirmou um porta-voz da NVWA, Brenno Bruggink, citado pela agência France Presse.
Numa carta dirigida ao Parlamento, a secretária de Estado dos Assuntos Económicos, Sharon Dijksma, assegurou que os riscos para a saúde pública são "muito limitados ou quase nulos" uma vez que "o abate foi feito em matadouros reconhecidos pela UE".
Em França, quando da deteção da carne imprópria, mais de 20 pessoas foram detidas e as buscas estenderam-se a Girona, no norte de Espanha.
Em 2013, vários países foram envolvidos num escândalo de venda de carne de cavalo como se fosse de bovino, a qual foi detetada em milhões de refeições congeladas de grandes multinacionais.
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