Fábrica inaugurada sexta-feira vai vender fruta cortada pronta a consumir e, depois, fruta enriquecida
Nuvi Fruits
Fábrica Nuvi GFruits
D.R.
11/01/2014 | 00:00 | Dinheiro Vivo
Quem viaja na TAP já conhece a fruta cortada do Grupo Luís Vicente. A partir de agora esse produto vai chegar a todos os consumidores, com a nova fábrica a Nuvi Fruits, inaugurada na sexta-feira, na região Oeste.
Com um investimento de dois milhões de euros, e a criação de 30 novos postos de trabalho, a aposta é, não só o mercado nacional, grande distribuição e canal HORECA (restauração e hotéis), "como também o mercado externo", disse ao Dinheiro Vivo Manuel Évora, administrador da Nuvi Fruits.
Manuel Évora recorda que, só nos últimos dois anos, "exportámos 20,5% de legumes, frutas e flores, o que já é um valor considerável". Só o Grupo Luís Vicente exporta fruta para 35 países, Europa, África, Oriente e América, e tem um orçamento de 60 milhões de euros, dos quais 55% estão previstos serem de proveniência internacional.
O Grupo perspetiva exportar cerca de 15 mil toneladas de fruta e legumes portugueses, o que corresponde a 15 milhões de euros.
A base da nova fábrica está associada ao crescimento verificado na compra de legumes preparados, e no decréscimo do consumo de fruta.
"Houve um boom do consumo de legumes preparados, mas em relação à fruta não preparada têm-se vindo a verificar um decréscimo no consumo per capita. O que queremos com o produto já pronto é aumentar esse consumo".
Manuel Évora diz acreditar que, "com a fruta já descascada e cortada, o consumo volte a subir, porque cada vez menos as pessoas têm tempo para a cozinha e isto vai facilitar a vida".
Por outro lado, acrescentou, é também um incentivo à produção, "porque necessitamos de muitas toneladas de fruta". A estimativa é uma produção de cinco mil toneladas de fruta pronta por ano. Para esta fábrica, frisou, "a maquinaria foi desenvolvida por portugueses e fabricada em Portugal".
Não serão comercializadas apenas frutas nacionais, até porque o Grupo tem produção no Brasil e na Costa Rica, de frutas exóticas que também pretende vender já preparada em Portugal e noutros países.
Mas, as inovações não se ficam pela fruta descascada e cortada. "Já está em fase de testes a fruta enriquecida com probióticos, vitaminas e minerais, e também sobremesas de fruta com chocolate, com pudim, com gelatina e também as sopas de fruta com base láctea", adiantou Manuel Évora.
Além disso, no segundo semestre deste ano, o Grupo Luís Vicente quer dar um novo salto, com um investimento de três milhões de euros, numa fábrica para produzir fruta desidratada crocante. Está previsto que, em 2016, essa unidade precise de 24 mil toneladas de fruta por ano.
"O que é fabuloso neste novo projeto é a possibilidade de vender a fruta portuguesa nos quatro cantos do mundo, porque o seu prazo de validade estende-se por um ano", afirma Manuel Évora, sublinhando que "é mais um produto de exportação a valorizar".
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