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12:18 Segunda feira, 30 de abril de 2012
Maxime Laurent saiu da escola agrícola francesa de Nermont Châteaudun
(Eure-et-Loir) em 2009, aos 19 anos, com um bacharelato no bolso. Um
mês depois, carregava os últimos camiões de máquinas agrícolas, rumo à
Roménia, especificamente a Macesu de Sus, uma aldeia no sudoeste do
país.
Maxime Laurent está longe de ser um caso isolado: a Roménia, que conta
cerca de 15 milhões de hectares de terras aráveis, está-se a tornar o
novo Eldorado na Europa para os agricultores. Milhares de franceses,
italianos, espanhóis, britânicos, alemães e dinamarqueses estão a
fazer as malas e a precipitar-se para o país, que ingressou na UE em
2007, a fim de aí implantarem explorações agrícolas.
Maxime, que desde cedo quis ser agricultor, não podia esperar melhor.
"Aqui, aos 19 anos, estou a dirigir uma herdade de mais de 1400
hectares. Para fazer em França o que fiz em três anos na Roménia,
seria preciso esperar duas ou três gerações." Em Macesu de Sus,
cultiva trigo, cevada, girassol e colza. E pensa em grande. Espera
aproveitar fundos que a Comissão Europeia destina à modernização da
Roménia. O seu projeto deverá permitir aumentar 7000 toneladas à sua
capacidade de armazenamento e irrigar mais 500 hectares de terra.
Apesar das dificuldades, não se arrepende. "Nos primeiros meses, tive
algumas dificuldades", confessa. "Se tivesse ficado em França, o que
faria hoje? Teria terminado os estudos e arranjado um trabalho de 1200
euros por mês. Pagando renda, comida, roupa, no final do mês não sobra
nada. Isso não é vida."
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