2012-06-06
As críticas dos agricultores à paragem das obras do Empreendimento de
Fins Múltiplos de Alqueva (EFMA) não eram de hoje, mas o último apelo
feito na Ovibeja por Manuel Castro e Brito, presidente da FAABA –
Federação das Associações de Agricultores do Baixo Alentejo, fez agora
eco. Esta semana a representante dos agricultores recebeu uma carta da
Ministra assumindo «o compromisso de concluir Alqueva na exacta medida
das actuais disponibilidades financeiras, indo ao encontro das
reivindicações entretanto surgidas».
A mesma refere que «não sendo apenas uma declaração de intenções, leva
em consideração o esforço financeiro associado a este objectivo,
ratificado em Assembleia Geral da EDIA no passado dia 4 de maio,
garantindo-se assim uma calendarização de obras e projectos compatível
com a data anunciada».
Ao AmbienteOnline, Manuel Castro e Brito diz que a declaração de que
as obras serão feitas «venha o dinheiro de onde vier» foi
determinante. «É preciso não esquecer que os melhores solos do país
[barros de Beja] não regam com uma única gota de água de Alqueva. São
12 mil hectares em olival, não contando já com as áreas de vinha e os
pivots e outros sistemas de rega já instalados», explica. Por enquanto
os agricultores estão a recorrer a outras fontes de rega, o que
representa custos muito mais onerosos, assegura. São muitas «centenas
de milhões de euros empatados» por privados, que são irreversíveis.
Segundo a Ministra durante o ano de 2012 serão lançados os concursos
que levarão à construção de toda a rede primária do EFMA, com excepção
do adutor Roxo/Sado, bem como de duas importantes áreas de rega, que
totalizam cerca de 20 mil hectares.
http://www.ambienteonline.pt/noticias/detalhes.php?id=12244
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