Publicado às 14.25
O secretário-geral do Fórum Florestal propôs a entrega de terrenos
pertencentes à bolsa de terras a desempregados, considerando que essa
medida, em tempos de crise, atrairia pessoas para o interior do país.
foto EDUARDO PINTO/ARQUIVO JN
"Está na altura de ponderar muito seriamente uma movimentação
populacional, que leve as pessoas para o interior para trabalhar as
terras", disse Hugo Jóia, em declarações à Agência Lusa.
Para o secretário-geral do Fórum Florestal, as pessoas que vivem nas
grandes cidades e que possam estar interessadas em ingressar na
agricultura devem de ser "motivadas para a repovoar o interior, porque
as parcelas de terreno estão lá e as pessoas estão nas cidades sem
fazer nada, já basta a desgraça estarem desempregadas".
Hugo Jóia, que falava à margem de uma audição na Assembleia da
República (AR), com o grupo de trabalho que detém a pasta destinada à
elaboração da bolsa de terras, defendeu ainda que esses terrenos devem
ser entregues a jovens agricultores que não possuam propriedades.
Durante a reunião na AR foram abordados vários temas relacionados com
a criação da bolsa de terras, entre as quais as questões relacionadas
com o cadastro dos terrenos, definição de terrenos baldios e os
impostos cobrados aos proprietários quando é feita a atualização do
registo de propriedade.
O grupo de trabalho da AR com a pasta destinada à bolsa de terras
recebeu ainda a Associação Florestal de Portugal (Forestis) e a
Federação Nacional das Associações de Proprietários Florestais (FNAPF)
para auscultar os responsáveis sobre as suas propostas para o projeto
da bolsa de terras.
O Governo colocou no terreno uma bolsa de terras para fins agrícolas,
florestais e silvo pastoris, projeto que integra terras do Estado,
terras de particulares, terras que estão sem uso agrícola e não têm
dono conhecido, ou seja, que são "terras abandonadas", e baldios.
http://www.jn.pt/PaginaInicial/Sociedade/Interior.aspx?content_id=2594417&page=-1
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