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6 de Junho, 2012
Os produtores vinícolas portugueses ganharam hoje um total de 17
medalhas de ouro e 14 de prata no concurso mundial 'Les Citadelles du
Vin', em Bordéus, onde os vinhos da Casa Ermelinda Freitas, Palmela,
foram os mais premiados.
«Ganhámos a medalha de ouro com o Touriga nacional e com a Quinta da
Mimosa, que são castas portuguesas, e também com o nosso Syrah, com o
qual temos ganhado sempre, sempre, a medalha de ouro. É uma casta que
está muito bem adaptada à região», disse Leonor Freitas, gestora e
proprietária da Casa Ermelinda Freitas, que obteve um total de cinco
galardões.
«Temos recebido todos os anos muitos prémios, mas este é o ano em que
ganhámos mais prémios a nível nacional e internacional. Ganhámos ao
todo 67 prémios: 14 medalhas de ouro, 32 de prata e 21 de bronze»,
acrescentou.
Além do primeiro prémio conquistado pelos vinhos Quinta da Mimosa
2009, Touriga Nacional 2010, Syrah 2010 e Merlot 2010, também o
Espumante Brut Reserva 2009 foi este ano premiado com a medalha de
ouro.
No concurso Citadelles du Vin em Bordéus participaram outros
produtores portugueses, alguns dos quais também com vinhos premiados
com medalhas de ouro e/ou de prata, como a Casa Santos Lima e a
Sociedade Agrícola da Merceana, a Adega Cooperativa de Palmela e a
Adega Cooperativa de Pegões, entre outros.
O concurso foi em Bordéus, mas as medalhas foram entregues na Vinexpo
de Hong-Kong, certame que se realiza alternadamente na França e na
China.
«Esta feira [Vinexpo] é feita um ano em Bordéus e no outro ano em
Hong-Kong. Os prémios ganhos este ano - como não houve a Vinexpo de
Bordéus -, foram entregues na Vinexpo de Hong-Kong, onde a Casa
Ermelinda Freitas foi a casa de vinhos portugueses mais premiada»,
justificou Leonor Freitas.
«Foi muito importante para nós que a divulgação destes prémios tivesse
acontecido na China, porque temos lá clientes que só nos pedem vinhos
com medalhas», frisou.
Leonor Freitas salientou também que, em tempo de crise, a empresa tem
vindo a apostar cada vez mais em mercados de países emergentes, como a
China, Brasil e Angola.
«Acho que a crise também traz algumas oportunidades. Se estivesse tudo
tão bem, não tínhamos investido tanto, não tínhamos ido tanto a
mercados fora [de Portugal]», disse, salientando que a empresa já
exporta cerca de 40 por cento da produção e que facturou mais 15 por
cento nos primeiros cinco meses deste ano, em relação ao mesmo período
do ano passado.
Leonor Freitas pretende construir uma nova adega, orçada em cerca de
quatro milhões de euros.
«Temos duas adegas e com esta construção vamos uni-las. A ideia é
fazer apenas aquilo de que precisamos, sempre na óptica da qualidade e
da competitividade», concluiu.
Lusa / SOL
http://sol.sapo.pt/inicio/Vida/Interior.aspx?content_id=51386
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