Granadeiro quer vender vinho à China, Polónia e Canadá

Internacionalização

Sónia Santos Pereira
03/06/12 10:49



A produtora do "melhor vinho tinto do mundo" quer reforçar vendas
internacionais este ano.

A aposta da Granadeiro Vinhos, detida pela família do gestor Henrique
Granadeiro, para reforçar a performance do negócio este ano passa
pelas vendas nos mercados externos. Uma estratégia que deverá ser
alavancada pelo 'Best Wine Trophy' do Concurso Mundial de Bruxelas,
prémio atribuído recentemente ao seu vinho tinto Poliphonia Signature
2008.



Com uma perspectiva de crecimento residual no país e uma estimativa de
vendas para este ano na ordem de dois milhões de euros, a Granadeiro
Vinhos prevê que "os crescimentos virão essencialmente da exportação",
explica Cláudio Martins, director comercial. A recente distinção no
concurso mundial em Bruxelas, onde se apresentaram mais de oito mil
vinhos e espirituosos provenientes de 52 países, deverá ter "maior
impacto nos mercados europeus". A expectativa da empresa, contudo,
estende-se "também ao mercado nacional" e aos destinos onde "os vinhos
portugueses têm maior notoriedade, como o Brasil e Angola", adianta.

Brasil, Angola e Estados Unidos são, aliás, os principais mercados de
exportação para a empresa do presidente do grupo Portugal Telecom
(PT). Ainda assim, as vendas para o exterior valeram apenas 20% dos
1,8 milhões facturados em 2011. Como justifica Cláudio Martins, "a
companhia é bastante jovem e na exportação, apesar de em 2012
representar já 30% das vendas, estamos a dar os primeiros passos".
Este ano, a empresa está a concentrar esforços para ganhar os mercados
da Polónia, Canadá e China.

A Granadeiro Vinhos opera com as marcas Poliphonia, Tapada do Barão,
Vale do Rio Homem, Tapada do Fidalgo e Monte Damião, todos produzidos
com uvas de produção própria. A empresa tem três propriedades no
Alentejo, num total de 1.200 hectares, onde tem plantados 120 hectares
de vinha.

Apesar de estar a chegar ao limite da capacidade produtiva, a
Granadeiro Vinhos não equaciona o aumento da área de vinha nos
próximos três anos. "O nosso principal objectivo é consolidar a
presença nos mercados e criar valor para as marcas" através da
melhoria da "qualidade por via da idade média das nossas vinhas",
realça Cláudio Martins. Para reforço de qualidade, a empresa vai
investir este ano numa máquina de selecção automática de uva.

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