terça-feira, 5 de junho de 2012

Matadouro do Litoral Alentejano fatura mais de 100 mil euros nos primeiros quatro meses de laboração

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Nos primeiros quatro meses de laboração, em que um foi de testes, o
Matadouro do Litoral Alentejano (MLA) faturou mais de 100 mil euros,
representando um sinal positivo do mercado, avançou hoje o
administrador da empresa.





Em declarações à agência Lusa, Ricardo Silva considerou que "o mercado
reagiu positivamente à abertura do matadouro", situado em Fornalhas
Velhas, no concelho de Odemira.

"Não ficaria desiludido se tivéssemos faturado pouco mais de metade do
que faturámos", afirmou, tendo em conta que o arranque foi feito "sem
grande promoção, nem divulgação".

Além disso, lembrou a "conjuntura" em que o MLA iniciou a laboração,
com a "retração no consumo" e a "loucura das promoções nas grandes
superfícies".


De acordo com Ricardo Silva, os clientes do matadouro "sentiram quebra
nas vendas", devido à promoção de 50% de desconto na carne levada a
cabo recentemente pelo Pingo Doce.

Ainda assim, disse, o matadouro fechou o mês de maio com 120 toneladas
de carcaça, pouco menos que em abril, em que se registou um volume
"anormal" de abates devido à Páscoa.

Assegurando que a empresa está preparada para "entrar em atividade
normal", o administrador adiantou que a próxima aposta será na
divulgação, de modo a aumentar o volume de abates semanais.

Atualmente, o MLA está a fazer abates três dias por semana, embora
ainda não haja animais suficientes para ocupar as oitos horas diárias
de laboração.

Ricardo Silva estima que, dentro de três meses, a empresa esteja a
laborar durante quatro dias completos por semana.

O MLA representou um investimento de cerca de cinco milhões de euros,
sendo uma parte financiada pelo Instituto de Financiamento da
Agricultura e Pescas (IFAP).

De acordo com as regras do financiamento, uma parcela, no valor de 60
mil euros, terá de ser devolvida este mês.

Contudo, segundo Ricardo Silva, dado o adiamento de mais de dois anos
no início da laboração, originado por atrasos, por parte da Águas do
Alentejo, na implementação da rede de abastecimento de água, tal irá
trazer "fortes condicionantes" às contas da empresa.

O MLA aguarda resposta ao pedido de prorrogação do prazo de pagamento
feito ao IFAP, que, a não ser aceite, obrigará os acionistas "a
encontrar soluções" para o problema.

No seguimento de uma recente visita às instalações do matadouro, o
deputado do PS eleito por Beja, Luís Pita Ameixa, manifestou à Lusa a
sua preocupação com esta situação.

"Temos de acarinhar o início de novas empresas que empregam pessoas",
disse, anunciando que iria questionar o Ministério da Agricultura,
Mar, Ambiente e Ordenamento do Território sobre "a dilação no tempo
dos pagamentos devidos pela empresa".

Lusa

http://www.mirobriga.pt/index.php?file=paginaprincipal/noticias/noticia.htm&id=7048

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