Abastecimento
02.06.2012 - 14:30 Por Lusa
Votar | 0 votos 6 de 8 notícias em Local« anteriorseguinte »
A seca no Inverno fez temer um cenário de ruptura total no
abastecimento (Foto: Nelson Garrido)
A população de Bragança já não tem de se preocupar com uma eventual
falta de água no Verão. Depois de a seca no Inverno ter criado uma
situação inédita que fazia temer um cenário de ruptura total no
abastecimento, as chuvas de Abril encheram os reservatórios.
A Câmara de Bragança avançou, pela primeira vez, com a elaboração de
um plano de emergência depois de ter sido obrigada a recorrer com
quatro meses de antecedência aos sistemas alternativos que normalmente
só são usados no Verão para abastecer a cidade.
A chuva em Abril permitiu repôr as reservas e o abastecimento está
garantido para todo o Verão, assegura o vice-presidente da autarquia,
Rui Caseiro.
A chuva deu também mais tempo ao município para preparar o plano de
emergência que não abandonou apesar das melhorias, uma vez que se
mantém o principal problema da cidade: a falta de capacidade de
armazenamento.
Se o próximo Outono não trouxer chuva, Bragança poderá ficar novamente
sem água e ter de recorrer a camiões cisterna para garantir o
abastecimento aos cerca de 30 mil habitantes, assim como à ajuda do
exército e da vizinha Espanha prevista no plano de emergência.
O sistema de abastecimento de água está incompleto há quase 30 anos,
tendo sido construída apenas uma das duas barragens previstas.
A baragem da Serra Serrada é a única reserva de água existente e que
está actualmente "a transbordar", segundo Rui Caseiro, mas depois do
Verão fica esgotada.
A autarquia acredita que conseguirá resolver definitivamente o
problema com a construção da segunda barragem, a polémica Veiguinhas,
que foi aprovada em Março pelo secretário de Estado do Ambiente,
depois de 15 anos de chumbos ambientais por se localizar em pleno
Parque Natural de Montesinho.
A obra deverá demorar ainda cerca de um ano a iniciar-se e, até a nova
albufeira encher, Bragança continuará dependente da generosidade do
tempo para garantir água à população.
Para dar resposta a uma eventual situação de ruptura total, a
autarquia está a preparar o primeiro plano de emergência, em parceria
com a Autoridade Nacional da Proteção Civil, o Ministério do Ambiente,
através de organismos como o ex- Instituto de Água (agora integrado na
Agência Portuguesa do Ambiente) e a Comissão de Coordenação e
Desenvolvimento Regional do Norte.
No pior dos cenários serão necessários, de acordo com o
vice-presidente, "70 camiões cisterna" a transportar água 24 horas por
dia para os depósitos da cidade, o que implica uma mobilização de
meios da Proteção Civil de todo o país.
Uma operação deste género poderá ter um custo de 1,8 milhões de euros
por dia, segundo dados da autarquia.
http://www.publico.pt/Local/chuvas-de-abril-repuseram-reservas-de-agua-em-braganca-1548676
Sem comentários:
Enviar um comentário